Cada vez mais os donos de pets tratam os bichinhos como parte da família. Prova disto é que uma pesquisa realizada por uma empresa que oferece hospedagem domiciliar aos cachorros aponta que 71% dos donos dormem com seus cães. Isso significa que três em cada quatro cachorros dividem a cama com seus "pais", sendo 43% frequentemente e 28% de vez em quando, segundo dados divulgados.
O levantamento foi realizado pela internet com cinco mil pessoas, com idades entre 19 e 45 anos, segundo Eduardo Baer, que é sócio-diretor e co-fundador da empresa que realizou a pesquisa.
Eduardo relata que a pesquisa é inédita e abordou também outros comportamentos. 51% dos entrevistados, por exemplo, admitem que seus cães assistem televisão. Na sexta-feira à noite, 93% dos tutores preferem a companhia do pet a sair para baladas. E, a cada aniversário do cachorro, 47% afirmaram ter vontade de fazer uma festa para comemorar. Dos 29% que já fizeram uma festinha de parabéns para o seu cão, 38% afirmam fazer todo ano.
O cão é da família
Para a empresa que realizou a pesquisa, a partir dos resultados, é possível concluir que o cachorro é considerado da família. A empresa destaca que um estudo do IBGE, publicado em 2015, revela que no Brasil o número de famílias que criam pelo menos um cachorro é maior do que o de famílias que têm crianças. São 52,2 milhões de cães e 44,9 milhões de crianças no País.
"As pessoas estão tendo filhos mais tarde e acabam usando a companhia de um cão para não ficarem sozinhas. Mesmo quando têm filhos em casa, as famílias estão menores. Tem também as pessoas mais velhas, que acabam tendo um animal quando os filhos saem de casa. Um cachorro complementa a necessidade emocional das pessoas e diverte as famílias", explica Eduardo.
A social media Letícia Steinert é uma das pessoas que considera os animais parte da família. Ela afirma que seus pets, a cadela Nina e o cachorro Özil, ambos vira latas, a ajudaram a se recuperar quando passou por uma fase difícil. Ela não tem filhos e conta que dorme todos os dias com o Özil por ele ser menor e gostar mais de ficar dentro de casa. "A princípio, ele não iria dormir na minha cama. Fiz uma cama pra ele ao lado da cabeceira da minha. Mas não aguentei ver ele tão lindinho ali embaixo", lembra Letícia. Ela dorme na mesma cama que a tia, mas afirma que ela não se incomoda com o animal na cama. "Deixo ele do meu lado da cama, perto da parede."
"Dormir com ele me passa segurança, me sinto mais feliz e sei que ele também fica contente de estar ao meu lado", comenta Letícia. Ela relata que sua avó não aceitava animais dentro de casa e que reprova atitudes como segurar e abraçar os animais e deixá-los subir em sofás e camas. "Depois que comecei a adotar os animais, fui inserindo-os dentro de casa e, pouco a pouco, minha família foi aceitando. Hoje em dia, aceitam mais, porém, ainda me repreendem por dormir com o cão", conta.
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