sábado, 2 de abril de 2016

Revista sobre a trajetória de Irmã Dulce é lançada



A história de vida de uma das personalidades mais notórias da Bahia agora pode ser lida através de uma abordagem mais contemporânea e juvenil. Essa é o objetivo da HQ – revistinha em quadrinhos – “Irmã Dulce – Uma Trajetória de Amor”, que foi lançado oficialmente nessa sexta (01/4) no Memorial Irmã Dulce, no Largo de Roma.
De acordo com a superintendente das Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), Maria Rita Pontes, a publicação é um desejo antigo e vem em um momento importante, a um ano de quando se lembrará os 25 anos da morte de Irmã Dulce.
“Os jovens não conhecem ou conhecem muito pouco da obra, principalmente as crianças. Através dos quadrinhos, podemos nos comunicar e passar esses valores, a essência da filosofia de Irmã Dulce para esta nova geração”.
Através de 51 páginas, a revista aborda a vida de Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes – nome original da beata –, desde seu nascimento em 1914, passando pela infância, os primeiros contatos com a religião, o início e consagração de seu trabalho filantrópico detalhando os episódios como a ocupação de um galinheiro no convento, os encontros com outras grandes autoridades políticas e religiosas, a exemplo do Papa João Paulo II, até sua morte em 1992.  
Revista foi um desafio para seus realizadores
Condensar quase oito décadas de uma vida marcada por tantos acontecimentos importantes para uma história enxuta foi um desafio único, segundo relatou o assessor do Memorial, Osvaldo Gouveia, que, sendo historiador da vida do Anjo Bom da Bahia, ficou responsável pelo argumento e texto final da HQ. 
“A vida dela daria dez fascículos, e você selecionar 51 páginas de uma história tão rica, tão intensa e de valores foi de grande dificuldade. Depois é traduzir para em uma linguagem mais próxima deste público que é o público infantil”, destacou o assessor.
Gouveia também destaca que, embora haja na atualidade um grande número de materiais que exploram a trajetória da Bem-Aventurada Dulce dos Pobres entre livros, vídeos, documentários, e até mesmo um filme que foi lançado nos cinemas em 2014, o memorial carecia de algo que pudesse, de fato, tocar o público infanto-juvenil. 
Mesmo que não fosse tão difícil contar sua história através do desenho, o peso e a responsabilidade de retratar a vida de uma personalidade tão importante eram muito grandes, como explica o ilustrador responsável pela HQ, Tiago Mello.
“Minha vida nos quadrinhos sempre teve relação forte com os super-heróis, e o elemento para engatar essa história foi enxergar Irmã Dulce como heroína, seu hábito é desenhado assim, e as cores também são intensas”.
Suavizar os traços – diferenciando um pouco do que Mello costuma desenhar para outros projetos que envolvem elementos de ficção – também foi necessário.
Mas, apesar da abordagem leve, até elementos do mangá – a HQ japonesa – podem ser encontrados, no formato do rosto de seus personagens, principalmente nos olhos – algo necessário se tratando de uma história protagonizada por personagens reais. 
A parceria que viabilizou o projeto veio com a DAG Construtora, mas, a aposta da empresa se deu por conta de uma relação de proximidade com as Obras que foi sendo construída anos antes.
O diretor-geral da DAG, Dermeval Gusmão, trabalhou como estagiário de engenharia, no Hospital Santo Antônio, em 1991, e chegou a conhecer Irmã Dulce, durante seu período de aprendizagem acadêmica.          
“Desde aquela época nunca deixei de vir aqui e ajudar de todas as formas que pude. É uma obra que não trata apenas do doente, mas do bem estar das pessoas, e, se as gerações que vierem não conhecerem ou cuidarem deste local, cada vez, será menos conhecido. Todos nós brasileiros, e principalmente baianos, temos que cuidar muito bem dessa obra”, destacou Gusmão.   
HQ
Para esta primeira tiragem, foram impressos 15 mil exemplares que podem ser adquiridos na sede do Memorial, na Loja Virtual da entidade (www.irmadulce.org.br/loja), e também no Aeroporto Internacional de Salvador. A HQ está sendo comercializada pelo preço simbólico de R$ 10.

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