O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou a liberação de apoio não reembolsável no valor de R$ 23 milhões para o plano elaborado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para enfrentamento da epidemia de zika, com impactos para dengue e chikungunya. Os recursos são do BNDES Fundo Tecnológico (Funtec) e serão aplicados no desenvolvimento de kits de diagnóstico e ações de combate ao vetor de transmissão do vírus. O projeto contempla o desenvolvimento de três testes de diagnóstico, diferente dos testes já disponíveis no mercado. Dentre os três produtos finais, haverá duas categorias de testes complementares, utilizados em fases distintas da doença. O teste molecular, por sua sensibilidade e especificidade, permite a identificação do vírus da zika, dengue e chikungunya com maior segurança. Os testes sorológicos, que tem base na reação do organismo à presença do vírus, podem ser utilizados muito tempo após a transmissão do vírus pelo mosquito, sendo adequados a pacientes assintomáticos, para verificar se eles já foram infectados anteriormente. Já entre as ações de combate ao vetor inclui a validação do uso da bactéria Wolbachia no Aedes aegypti, de forma a interromper o ciclo de transmissão das doenças. A metodologia, desenvolvida na Austrália, terá novas etapas de desenvolvimento no Brasil para avaliar sua eficácia em áreas mais extensas e de maior densidade demográfica. Outra iniciativa é a avaliação do uso do próprio mosquito como veiculador de larvicida, para resolver o problema de acesso aos criadouros de insetos que não são tratáveis pelos meios de controle tradicionais.
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