Foto: Valter Campanato / Agência Brasil
Após pedir demissão, com uma carta encaminhada por e-mail, o ex-ministro da Secretaria do Governo, Geddel Vieira Lima, afirmou em entrevista ao Blog do Camarotti que acredita que a crise política decorrente das denúncias do ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, deve reduzir a seu “tamanho real” após ter deixado o cargo. "Se eu sou o problema, então está resolvido. Acho que o episódio agora ficará restrito ao seu tamanho real", disse. Ele telefonou para o presidente Michel Temer de Salvador, onde reside. "Foi uma conversa emotiva de dois amigos", relatou. Geddel afirma ter passado a noite acordado, refletindo sobre qual decisão tomar. Questionado sobre a demora para pedir demissão, o peemedebista afirmou que "saiu na hora que tinha que sair" e que a decisão foi de caráter pessoal, na qual pesou a questão familiar. Geddel ainda criticou o comportamento do ex-ministro Marcelo Calero (Cultura), que gravou conversas com ele, com Temer, e com o ministro Eliseu Padilha. "Ele pode ser enquadrado na Lei de Segurança Nacional. É proibido gravar uma conversa com o presidente sem autorização. Para entrar no gabinete, você tem que deixar celulares e aparelhos eletrônicos do lado de fora", apontou. "Como é que um colega sai gravando outras pessoas? Fica parecendo até que foi uma coisa armada", reclamou. Segundo Geddel, o pedido de demissão não foi feito pessoalmente por ele estar em Salvador. Até a noite desta quinta (24), ele havia contado que queria usar o fim de semana para conversar com os familiares antes de pedir demissão. Após o envio da carta de demissão, Geddel conversou duas vezes por telefone com Temer, que pediu encaminhamento sobre o funcionamento do ministério. "Disse que passaria tudo e que a estrutura da Secretaria de Governo já funciona por conta própria".
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