O advogado João Tancredo, que defende as famílias de sete jornalistas vítimas da queda do voo da Chapecoense, no dia 29 de novembro do ano passado, pretende processar o clube catarinense. De acordo com ele, apesar de não ter culpa pela queda da aeronave, o time teria responsabilidade no episódio. “A Chapecoense terá que ser processada, não tem jeito. Foi o clube que fretou a aeronave e fez o contrato com a empresa aérea. A Chapecoense tem responsabilidade sobre o transportado, ela teria que deixá-lo em seu destino”, disse o advogado. Entre seus clientes estão as famílias do jornalista Guilherme Marques e do produtor Guilherme Van der Lars, ambos da TV Globo. Tancredo disse ainda que pediu à Justiça, na última segunda-feira (30), o contrato feito entre o clube e empresa aérea LaMia. “Quero saber quem ficou responsável pela indenização, em casos de acidente”, alegou o advogado. Ele disse que também que pretende apurar quem pagou pelas passagens dos jornalistas. De acordo com o advogado, se foram as empresas de comunicação, elas também podem ter alguma responsabilidade na indenização. O vice-diretor jurídico da Chapecoense, Luiz Antônio Palaoro, rebateu a acusação e argumentou que as famílias devem unir forças contra os responsáveis pelo acidente. “O advogado está no direito de fazer o que quiser. Mas não somos responsáveis pelo acidente; somos vítimas também. O ideal é nos unirmos para brigar com seguradoras, com a companhia aérea e com o governo boliviano”, disse. Ainda segundo ele, as famílias dos jogadores e funcionários do clube receberam indenização de 28 salários pela Chapecoense, mais 12 salários pela CBF. “As famílias dos jornalistas também já receberam os seguros feitos por suas empresas”. “As pessoas que entrarem contra o clube terão caminho mais tortuoso”, concluiu Palaoro.
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