Foto: Max Haack / Secom PMS
A mudança do comando do Palácio do Planalto, agora sob a tutela do PMDB, provocou uma reorganização das forças políticas de maneira que partidos que compõem a base aliada do governador Rui Costa (PT) podem ter um caminho diferente para a eleição em 2018. Pelo menos duas legendas, PP e PSD, aliadas desde a formação da chapa de Rui em 2014, integram a base de Michel Temer em Brasília e começam a dar sinais, no plano federal, de aproximação com oposicionistas do PT na Bahia. Emissários do prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), virtual adversário de Rui, se reúnem com frequência com representantes das bancadas do PP e do PSD na Câmara dos Deputados para cortejar uma relação. Por enquanto, o quadro segue favorável ao governador, já que os diretórios nacionais dão liberdade para que interesses regionais sejam discutidos por cada direção estadual. Entretanto, o gargalo da disputa pela sucessão de Temer pode embaçar o relacionamento entre os caciques na Bahia. Para além de PP e PSD, outra legenda que integra a base de Rui e pode ter futuro decidido no plano federal é o PSB. A legenda, declarada independente em âmbito federal, pode aderir a um projeto que a aproxime do PSDB ou até mesmo seguir numa carreira solo, o que distanciaria a sigla da eventual permanência como apoio de Rui. Tanto que integrantes do partido mantêm laços, ainda que distantes, de aliados do prefeito de Salvador. O governador baiano deve, desde sempre, manter-se atento para as mobilizações nacionais, para evitar ser surpreendido no futuro.
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