quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Prévia da inflação oficial fica em 0,35% em agosto e tem o menor acumulado no ano desde 1994

Aumento nos preços dos combustíveis, principalemente da gasolina, pressionou alta do indicador, segundo o IBGE (Foto: Reuters)
A prévia do Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) ficou 0,35% em agosto, conforme divulgado nesta quarta-feira (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este foi o menor resultado para o mês desde 2012, quando o indicador ficou em 0,39%.
No ano, o resultado acumulado ficou em 1,79% - a menor variação acumulada até agosto desde a implantação do plano real. No ano passado, até agosto o indicador acumulava alta de 5,66%.
De acordo com o IBGE, considerando os últimos 12 meses o índice ficou em 2,68%, abaixo dos 2,78% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Esta foi a menor variação acumulada em períodos de 12 meses desde março de 1999, quando ficou em 2,64%
Combustíveis puxou alta em relação a julho
Este foi o segundo maior resultado do IPCA-15 no ano, atrás apenas de fevereiro, quando ficou em 0,54%. Em julho, o IPCA-15 indicou deflação de 0,18%, mas o mês fechou com inflação de 0,24% - o menor índice para o mês desde 2014.
Segundo o IBGE, comparado com julho, o setor de transportes foi o que apresentou a maior alta, com aumento de 1,35%, pressionado pelo aumento nos preços dos combustíveis (5,96%), principalmente da gasolina, que cresceu 6,43% frente ao IPCA-15 de julho, e para o etanol, que subiu 5,36%.
Além da alta nos preços dos combustíveis, foi incorporado ao índice de agosto parcela relativa ao reajuste de 16,61% nas passagens dos ônibus intermunicipais da região metropolitana de Belém (6,63%), em vigor desde 7 de abril.
O segundo maior impacto no IPCA-15 de agosto foi do grupo da Habitação, que teve alta de 1,01% em relação ao mês anterior. O aumento foi pressionado pela alta nos gostos com energia elétrica (4,27%). Isso devido à entrada em vigor, a partir de 1º de agosto, da bandeira tarifária vermelha, que estabelece a cobrança adicional de R$ 0,03 a cada quilowatt-hora (kwh) consumido.

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