A Procuradoria-Geral da República informou ter encontrado, no sistema eletrônico da Odebrecht, arquivos originais com os nomes de Geddel Vieira Lima e do ministro Eliseu Padilha (Casa Civil), apelidados de “Babel” e “Fodão”, respectivamente. Segundo a Folha, o trabalho foi feito para checar a veracidade das informações prestadas em delação premiada dos executivos da empreiteira baiana. Assim, a PGR localizou ordens de pagamentos e descartou fraudes em arquivos. Um perito criminal produziu os relatórios da SPEA (Secretaria de Pesquisa e Análise), órgão técnico da PGR, entre 27 de julho e 8 setembro deste ano. Segundo o relatório, de 27 de julho, o arquivo "programações semanais-2010" mostra sete ordens de pagamento para "Babel", no caso Geddel, em 2010, a serem realizados em Salvador. A primeira ordem, de R$ 155 mil, indica "Obra: Tabuleiros Litorâneos". Foram também encontrados arquivos originais com programações de pagamentos para o ministro Moreira Franco (Secretaria-Geral) e os ex-deputados Eduardo Cunha (RJ) e Henrique Alves (RN), todos do PMDB. Segundo os investigadores, a importância dos arquivos está no fato de mostrar que foram criados e modificados na época dos repasses delatados, e não forjados recentemente. No entanto, a existência dos arquivos, não comprova a efetiva entrega do dinheiro aos políticos.
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