sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Prefeitos baianos reivindicam aporte de R$ 4 bilhões do governo federal


Pelo menos 350 prefeitos baianos realizaram na manhã de ontem uma marcha no Centro Administrativo da Bahia (CAB) para denunciar a crise financeira que afeta os municípios. Segundo a União dos Municípios da Bahia (UPB), os municípios estão sem condições de pagar a folha de pessoal e manter serviços de saúde, educação e assistência social.

De acordo com o presidente da UPB, Eures Ribeiro (PSD), prefeito de Bom Jesus da Lapa, a principal reivindicação é um aporte de R$ 4 bilhões do governo federal para socorrer os municípios. “Queremos também os royalties do petróleo. Tem 20 anos que o governo do estado não paga”, prosseguiu. “Estamos com o orçamento da ação social zerado. Isso é muito grave. Isso vai levar com que fechemos os Cras da Bahia toda. Vamos encontrar o relator do Orçamento, que é Cacá Leão, para tentar garantir uma emenda que garanta o funcionamento dos Cras. O orçamento de R$ 52 milhões foi cortado o ano que vem todo”, acrescentou o pessedista.
O prefeito de Santana e tesoureiro da UPB, Marco Aurélio Cardoso (PP), defendeu que se discuta “para onde foi o dinheiro da repatriação” que os municípios não receberam em 2017. “Precisamos mostrar para a população a situação que estamos enfrentando. É um momento difícil, quando há cortes de recursos e repasses federais, principalmente no que diz respeito à assistência social. Por outro lado, quero levantar a questão dos recursos da repatriação. Por que em 2016 teve repatriação e em 2017, não?”, questionou.
Por sua vez, o prefeito de Santo Amaro, Flaviano Bomfim (DEM), disse que não tem conseguido pagar os servidores contratados. “Todos os prefeitos estão com dificuldade para fechar o ano. A folha é difícil de se pagar, em Santo Amaro mesmo estamos com atraso. Não conseguimos baixar nosso índice de pessoal por causa dos programas federais.  Esse é um dos nossos pleitos, a redução desse índice”, relatou. “Não consegui pagar contratado, só consegui pagar efetivo. Estamos fazendo uma mágica para conseguir fechar o ano”, completou. 
Já o prefeito de Juazeiro, Paulo Bomfim (PCdoB), fez duras críticas ao governo federal e elogiou a ajuda prestada pelo governo Rui Costa (PT). “A cada dia que passa, as dificuldades aumentam. O governo federal precisa se conscientizar de que eles ficam com a maior parte dos recursos destinados ao povo brasileiro e os problemas ficam com a gente. Precisamos mudar esse quadro. Os poderes precisam ter alternativa de sobrevivência, porque do jeito que a política brasileira está daqui a pouco todos os prefeitos vão parecer corruptos como esses que estão aí com malas de dinheiro”, declarou o comunista. 

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