quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Elmar nega que fundo eleitoral interfira em possível candidatura de Maia

O deputado federal baiano Elmar Nascimento negou em entrevista à Tribuna que a bancada do Democratas (DEM) prefira que o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), não seja candidato à presidência da República em 2018 por medo de que o fundo eleitoral da legenda fique comprometido para aqueles que postularão uma vaga no Legislativo. Elmar afirmou que não seria problema cada parlamentar perder parte de sua cota no fundo eleitoral para sua campanha. Segundo ele, a candidatura de Maia a presidente da República depende do arco de alianças que o DEM pode conseguir construir. 
“Ele não será candidato só do Democratas. Isso depende de uma boa coalizão de partidos. Mas ele ser candidato ou não independe dessa questão de fundo eleitoral. Mais importante do que isso é o tempo de propaganda na televisão que os partidos aliados podem oferecer, por exemplo. Se ele tiver condições de ser candidato, ótimo. É melhor para nós (deputados) a gente botar 20 milhões de reais do nosso fundo eleitoral e ter um candidato a presidente da República. Rodrigo Maia não é nenhum fenômeno eleitoral. A candidatura dele principalmente de uma boa coalizão com outros partidos”, afirmou o deputado baiano. 
De acordo com o Política Livre, ‘políticos baianos dizem que não passa de “fogo de palha” o movimento em prol da candidatura do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), à Presidência da República, em 2018’. Segundo a publicação, depois da aprovação do fundo eleitoral para financiamento de campanha já na disputa de 2018, ‘ficou mais difícil candidato a deputado que deseje candidatura majoritária própria de sua legenda só para figuração’. O receio é de que o dinheiro para a campanha deixe de ir para a bancada. A estimativa é de que candidaturas majoritárias consumam sozinhas de um terço a 50% do fundo eleitoral de cada partido. 
Na minirreforma eleitoral aprovada pelo Congresso Nacional, os parlamentares criaram um fundo com recursos públicos para financiar as campanhas eleitorais. Pela divisão desses recursos, que já vale na próxima eleição, cada voto para deputado federal vai valer R$ 17,63, determinando quanto cada partido vai receber. Como o total de deputados federais de cada partido tem grande peso na divisão dos R$ 1,716 bilhão do fundo, também já é possível estimar quando vale um deputado eleito: R$ 2,7 milhões a seu partido, em dinheiro do Orçamento da União.

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