terça-feira, 19 de dezembro de 2017

Microcrédito visa atrair ambulantes para formalidade; parceria prevê mais de R$ 300 mi



Microcrédito visa atrair ambulantes para formalidade; parceria prevê mais de R$ 300 mi
A estratégia de capacitação de vendedores ambulantes e de concessão de microcrédito, parte do eixo de inclusão econômica do programa Salvador 360, visa atrair esses profissionais para o comércio formal. Em parceria com a prefeitura de Salvador, o Banco do Nordeste será responsável pela concessão de microcrédito. “O valor médio das operações de giro fica em torno de R$ 2 mil a R$ 3 mil. Mas a gente pega os empreendedores desde a fase inicial, com R$ 500, R$ 1 mil de crédito. O objetivo do programa é ir acompanhando o crescimento desses empreendedores, até que eles cheguem ao nível de R$ 10 mil, R$ 15 mil, e finalmente, o objetivo maior, é fazer com que eles possam se formalizar e passem a ser atendidos com a linha de crédito normal do Banco do Nordeste, expandindo seu negócio com linhas de investimento para tornar-se um empreendedor formal e gerar mais emprego e renda”, explica o superintendente em exercício do Banco do Nordeste, José Gomes da Costa. Para dimensionar a abrangência da parceria, o gestor citou o programa de microcrédito já existente na instituição financeira, o Crediamigo, que atende 9 mil famílias, movimentando R$ 30 milhões ao ano. “A meta estabelecida pela prefeitura, na parceria, é no sentido de chegarmos a dez vezes esse volume. A intenção é chegar a 100 mil clientes, 100 mil famílias atendidas, e – é a meta que está na parceria – R$ 300 milhões em crédito para esses empreendedores”.  O acesso ao crédito é inspirado na experiência do primeiro especializado em microcrédito Grameen Bank, criado pelo professor bengalês Muhammad Yunus, que ganhou o Nobel da Paz pela iniciativa. “Ele tem toda a orientação, o crédito geralmente é fornecido a grupos de famílias empreendedoras, geralmente grupos de pessoas que estão próximas umas às outras, com empreendimentos distintos. Essas pessoas são procuradas pelo assessor de crédito, para dar uma segurança maior ao crédito, e elas, em grupo, feito de forma coletiva, reduz-se inclusive o risco e o custo dessas operações, que permite atender uma gama maior de pessoas com crédito de custo baixo”, detalha Costa. 

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