Os aliados do governador Rui Costa (PT) defenderam, ontem, a ação da Secretaria de Segurança Público da Bahia (SSP-BA) de investigar as obras de revitalização da Barra. O vice-líder da oposição na Câmara dos Deputados, Afonso Florence (PT), disse que o prefeito ACM Neto (DEM) “passa recebido de desesperado” ao criticar a atuação dos investigadores. "De fato eu e o deputado Robinson Almeida protocolamos solicitações de investigação em diferentes Instituições. Mas, ao que sabemos, as investigações correm em segredo de justiça. O que ele [ACM Neto] quer? Que uma delação [da Odebrecht] tão forte não seja investigada? Ou ele, que orientou a sua bancada a votar contra a investigação de Temer, agora só quer ser investigado pelos subordinados dele? Qual diferença entre as duas alternativas? Nenhuma”, ressaltou o parlamentar.
A líder da oposição na Câmara de Salvador, Marta Rodrigues (PT), também repudiou a declaração do prefeito, de que a SSP-BA atua como “polícia política”. Na avaliação dela, ACM Neto age de má-fé ao “tecer mentiras” sobre Rui Costa. “Os documentos mostrados pela SSP comprovam que é absolutamente legal as investigação das irregularidades das obras da Barra pela Polícia Civil e Ministério Público Estadual”, destacou.
A vereadora afirmou, ainda, que o prefeito “parece ter aprendido bem a prática ilegal com o avô ACM”, que, segundo ela, utilizou a SSP-BA, quando senador em 2002, para “grampear deputados com quem tinha rusgas políticas”, caso que ficou conhecido como o “escândalo do grampo”. A petista disse que o prefeito, em agosto do ano passado, violou o Diário Oficial do Município para garantir a aprovação do Projeto Revitalizar. “Tão logo a Justiça concedeu decisão liminar, no dia 22 de maio, para que o Projeto Revitalizar, extremamente gentrificador, voltasse à Casa, a prefeitura violou o Diário, já publicado, e incluiu o projeto como aprovado e a lei sancionada para perder o efeito da decisão judicial. Aprendeu bem com a cartilha do avô”, apontou.
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