Depois de o deputado estadual Samuel Júnior (PSC) assinar o requerimento da oposição para instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre a Arena Fonte Nova, a bancada da minoria protocolou, ontem, um pedido de abertura do colegiado na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA). A ala precisava de apenas uma assinatura a fim de alcançar as 21 mínimas necessárias para solicitar a abertura da CPI. “Sou plenamente favorável a qualquer tipo de processo investigatório, seja pela Polícia Federal, Judiciário ou pelos pares do Parlamento, mas é necessário haver bom senso e responsabilidade para que não haja julgamentos sumários, sem o devido exame das provas. Eu mesmo fui crucificado publicamente de forma preliminar por aparentemente ter ‘tentado barrar’ a instalação da CPI, quando em nenhum momento me opus a assinar a petição ou me posicionei contrário ao início das investigações. Espero que a CPI seja instaurada e caso sejam provados os ilícitos, os responsáveis sejam punidos com vigor”, asseverou Samuel Júnior.
Segundo os oposicionistas, a comissão, se for instalada, terá como objetivo apurar o contrato do governo do estado e o consórcio Fonte Nova Participações (FNP), que é formado pelas empreiteiras Odebrecht e OAB e foi responsável pela construção do estádio. Na semana passada, para investigar o suposto superfaturamento no contrato para erguer a Arena Fonte Nova, a Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão em endereços ligados aos secretários estaduais de Desenvolvimento Econômico (SDE) e da Casa Civil, Jaques Wagner (PT) e Bruno Dauster.
“Foi um passo muito importante para que a oposição possa cumprir, mais uma vez, o seu papel de fiscalizadora dos atos que estão diretamente ligados à gestão do estado. Os envolvidos terão a oportunidade de esclarecer os fatos que cercam as denúncias feitas pela Polícia Federal”, ressaltou o líder da minoria, Luciano Ribeiro (DEM), ao salientar que também protocolou no Tribunal de Contas do Estado (TCE), um pedido de informação sobre o contrato do estádio Fonte Nova. Ontem, o presidente da AL-BA, Ângelo Coronel (PSD), afirmou que é contra a CPI, porque a Casa Legislativa não pode ser uma “extensão da polícia”, mas prometeu ser imparcial para definir sobre a abertura da comissão.
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