Os aliados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) condenaram, ontem, a prisão do petista, durante um evento em homenagem ao ex-chefe do Palácio do Planalto na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA).
O chefe da Casa, Ângelo Coronel (PSD), ressaltou o fato de o Parlamento baiano ser o primeiro no país a promover uma sessão sobre a prisão do ex-presidente. “Somos o primeiro Poder Legislativo do Brasil a repudiar publicamente o encarceramento de Lula. Esta prisão é ilegal à luz da Carta Magna, causa insegurança jurídica e poderá empurrar o País a uma convulsão social. A presunção da inocência é um regramento constitucional, uma cláusula pétrea da Carta Magna, e somente poderá ser alterada pelo Legislativo, independentemente da interpretação de ministros do Supremo Tribunal Federal. A prisão de Lula atenta contra o estado democrático de direito”, afirmou.
Ao condenar a prisão de Lula, a deputada federal Alice Portugal (PCdoB) avaliou que o Brasil vive hoje em um “regime de exceção, onde as regras da democracia foram sobrepassadas”. “Para qualquer brasileiro, os processos só se concretizam em forma de condenação quando têm fim. O processo de Lula ainda não teve fim, pois ainda há um caminho para embargos e que não foram permitidos. Estamos aqui ao lado do governador Rui Costa, que foi impedido de visitar Lula em Curitiba. Isso não se vê no Brasil, mesmo para presos comuns. A circunstância de Lula ser um presidente operário, retirante nordestino, que não falava inglês, mas que falava a língua do povo, coloca-o diante de um ódio de classes que não há comparação, da mesma forma quando Dilma foi retirada da presidência”, disse a comunista.
A senadora Lídice da Mata (PSB) reforçou o discurso. “O que o ex-presidente Lula fez pelo País foi tirar milhões de pessoas da pobreza e dar dignidade aos brasileiros. Foi condenado e preso com base em convicções, mas ele está presente em cada cidadão que luta e batalha por um País melhor”, salientou a socialista.
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