O ex-governador da Bahia, Jaques Wagner (PT) disse que o momento não é o ideal para discutir nomes que possam substituir o ex-presidente Lula, condenado e preso pela Operação Lava Jato, nas próximas eleições. Ele conversou sobre o assunto com a imprensa em coletiva na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), onde aconteceu sessão solene em solidariedade ao ex-presidente Lula. “Não vai haver esse pedido porque eu vou trabalhar e ele também. É desejo de 43% da população brasileira. Eu antes dizia que não tinha plano. Agora eu sou plano dois ‘ls’. Não discuto esse tema. É proibido. Eu não discuto, nem o PT discute isso”, disse. Ainda na oportunidade, questionado se temia ser preso por causa de investigações da Operação Cartão Vermelho, o ex-governador minimizou: “Eu estou sem foro há muito tempo. Eu não acho que a questão da prerrogativa seja uma questão que garanta ninguém. Se de novo, for a subjetividade que prende... Aí, tudo bem. Mas até agora não vejo ameaça a nenhuma pessoa. Ninguém gosta de ser preso, mas eu também não vou ficar me escondendo”.
Na última quarta-feira, enquanto esteve na sede da Polícia Federal, em Curitiba, onde participou de vigílias ao lado de militantes o ex-gestor do governo baiano, defendeu a união das esquerdas durante o próximo pleito em torno de um único candidato “progressista”. “O nome é consequência da força dessa plataforma”, disse. “Se vier a interdição, eu acho que a gente já terá acumulado o suficiente para escolher alguém dentro ou fora do partido”, cogitou. O petista afirmou também que “como por enquanto não está consolidada a candidatura de Lula, todo mundo tem direito de lançar sua própria candidatura”. Ele espera, no entanto, que a esquerda se una mais adiante. “Quando a gente se reunir para discutir programa de governo, frente que nos unifica, não sei por que alguém não viria”. Reafirmando sua candidatura ao Senado Federal, disse que o único plano existente é o “plano L” (de Lula).
Após as declarações, o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, afirmou ver com dificuldade uma candidatura única da esquerda para as eleições presidenciais em outubro. A legenda dele pretende lançar Ciro Gomes ao Planalto. "É difícil porque todo mundo coloca a sua candidatura. Sempre que há discussão sobre candidatura única todo mundo acha que tem que ser o seu (candidato)", afirmou Lupi ao jornal O Globo.
“Discuto o meu lugar, e o lugar de Wagner é do PT”
A senadora Lídice da Mata (PSB) ainda tem esperanças de integrar a chapa majoritária de Rui Costa. E ontem ela afirmou que a inclusão do seu nome não seria para ocupar uma possível vaga deixada pelo ex-governador Jaques Wagner (PT). A presidente estadual disse que irá se reunir com o PSB para receber os novos filiados e “conversar sobre a conjuntura política na Bahia”.
Indagada sobre a possibilidade de Wagner sair da chapa para acomodar outros integrantes, Lídice garantiu que o espaço do PSB não tem relação com o do PT na chapa. “Não há contraposição entre o meu espaço político e o de Wagner”, completou. Ela pontuou que ainda não decidiu sobre a sua própria candidatura. Vale lembrar que a outra vaga da majoritária, ao que tudo indica, será de Ângelo Coronel (PSD).
Lídice planeja ser candidata à reeleição com ou sem o apoio do governador Rui Costa. Essa foi uma das razões pelas quais o presidente do PSB, Carlos Siqueira, veio a Salvador, em janeiro. A ideia é que a legenda possa costurar uma candidatura independente, já que a socialista não deve ter espaço na chapa majoritária do Palácio de Ondina.
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