O envolvimento de milicianos que atuam no Rio de Janeiro no assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista, Anderson Gomes, é a "hipótese mais provável" encontrada pelas investigações sobre o crime, ocorrido há 32 dias na capital fluminense . A afirmação foi feita ontem pelo ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, em entrevista à rádio CBN. "Tenho percebido um ânimo dos investigadores, porque eles partem de um grande conjunto de possibilidades e vão afunilando pouco a pouco. Eles hoje estão com uma ou duas pistas praticamente fechadas, e que eles têm caminhado bastante adiante. Essa mais provável hipótese até aqui remete esse crime, muito provavelmente, à atuação de milícias no Rio de Janeiro", afirmou o ministro.
Jungmann disse entender a urgência para esclarecer as circunstâncias da morte de Marielle Franco e de Anderson Gomes, mas lembrou que outros crimes que também pediam urgência nas investigações levaram ainda mais tempo para serem esclarecidos. O chefe da Segurança Pública usou como exemplos o assassinato do pedreiro Amarildo, ocorrido em 2013 e que só foi desvendado após 90 dias, e a morte da juíza Patrícia Acioli, que aconteceu em 2011 e levou 60 dias para ser esclarecida.
O ministro afirmou que oito equipes da Polícia Civil estão trabalhando nas investigações e exaltou que o delegado Rivaldo Barbosa, chefe da corporação, era amigo pessoal de Marielle, que fazia a ponte entre Barbosa e o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).
Jungmann também comentou sobre a crise migratória com venezuelanos que estão se acumulando em Roraima. O ministro afirmou que o governo não encara como uma possibilidade viável o fechamento da fronteira com o país, conforme pediu o governo do estado em ação levada ao Supremo Tribunal Federal (STF) na semana passada. "Nós temos que entender que existe uma crise humanitária gravíssima na Venezuela. Temos que ter solidariedade com um povo que é nosso vizinho, que é um país irmão. E que nós não podemos simplesmente fechar a fronteira e romper toda uma tradição diplomática e humanitária que o Brasil tem feito questão de manter até hoje" afirmou o ministro. Do iG São Paulo
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