sexta-feira, 8 de junho de 2018

Alckmin endurece tom contra adversários na Bahia

Foto: CarlosAmilton/Agência-ALBA
Pré-candidato a presidente da República, Geraldo Alckmin (PSDB) desembarcou, ontem, na Bahia e adotou um discurso duro contra os adversários na disputa pelo Palácio do Planalto, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) e o ex-ministro Ciro Gomes (PDT). O tucano visitou a cidade de Barra e, em seguida, veio a Salvador, onde ministrou palestra na Universidade Federal da Bahia (Ufba) e recebeu o título de cidadão baiano na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA). Em entrevista à imprensa, Alckmin voltou a dizer que Bolsonaro é um “caranguejo que anda para trás”. “Eu acho que é um atraso. O que anda para trás é caranguejo. O Brasil quer ir para frente. Você não vai criar emprego a bala. Você vai é com competitividade, confiança e investimento. Você não vai resolver o problema de saúde a bala. Eu sou médico e tenho dever de melhorar a saúde. Você não vai melhor a qualidade da educação a bala. É uma coisa totalmente atrasada”, afirmou.
Também rebateu a provocação do deputado, o qual afirmou que só vai conversar com Alckmin, quando o tucano tiver dois dígitos nas pesquisas presidenciais. “Ele está de salto alto. Arrogante. Eu vou com a sandália da humildade”, pontuou. O tucano minimizou o seu desempenho nas pesquisas. Ressaltou que, na eleição de 2016, o ex-prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), iniciou com apenas um digito e venceu no primeiro tucano. Na Bahia, o presidenciável do PSDB só tem 5% das intenções de votos, segundo levantamento do instituto Paraná Pesquisas divulgado na semana passada. Neste cenário, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não foi incluído na consulta, e Bolsonaro lidera com 19,6%. “A campanha só vai começar quando começar o horário do rádio e de televisão, que isso só vai acontecer em setembro. É uma campanha de resistência e chegada”, analisou.
Alckmin ainda chamou de “ridícula” uma declaração do ex-ministro Ciro Gomes. No programa Roda Viva, o pedetista afirmou que o governo de São Paulo, que foi comandado por Alckmin, fez um acordo com o PCC, facção criminosa paulista. “É tão absurdo isso que nem merece ser discutido. É uma coisa meio ridícula um acordo com o crime organizado”, afirmou. O tucano fez um afago, no entanto, ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), que também quer disputar o Palácio do Planalto. Afirmou que o democrata “é um grande quadro e um dos melhores quadros da nova geração”. Aliados de Alckmin tentam convencer o dirigente do Legislativo a abandonar a candidatura para apoiar o tucano.
Presidenciável defende decisão de ACM Neto
O presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB) defendeu, ontem, a decisão do prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), de permanecer no cargo e não disputar o governo da Bahia na eleição deste ano. “Eu entendo a decisão dele de não sair candidato, porque ele foi eleito prefeito. Teria apenas um ano e renunciaria três anos de mandato. Eu já fui prefeito e governador. Você quer entregar as obras e quer completar o seu trabalho. Você fica dividido mesmo. É natural. Acho até que tomou a decisão mais correta de continuar”, afirmou, em entrevista à imprensa, na Assembleia Legislativa da Bahia, onde recebeu o titulo de cidadão baiano.
Neto não compareceu à solenidade porque viajou ao exterior. Alckmin disse, ainda, que, se fosse o ex-prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), não teria deixado o cargo para ser candidato a governador neste pleito.  
“Cada um tem suas circunstâncias. Eu não teria renunciado, porque fui prefeito da minha cidade natal e adorei. Sempre achei e comentava, até com amigos, de que achava difícil Neto se afastar, porque vai ter que abrir mão de três anos de uma capital, que é a terceira maior cidade do Brasil”, ressaltou.

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