domingo, 3 de junho de 2018

Se não for bem tratada, meningite pode levar a morte



A morte de um idoso, de 75 anos, com diagnóstico de meningite bacteriana, na manhã da última quinta-feira, no Hospital da Base de Itabuna, sul do estado, chama a atenção para os cuidados com a doença que, de acordo com o último Boletim Epidemiológico emitido pela Secretaria de Saúde estadual (Sesab), levou a óbito 48 pessoas (17,5% desse total pelo tipo bacteriana), além dos 461 casos registrados (33% pelo mesmo tipo) pelo órgão ano passado.
De acordo com o G1 Bahia, Manoel Ferreira de Oliveira, 75 anos, chegou à unidade na terça-feira, em estado grave. O idoso morava no distrito de Areia Branca, município de Jussari, distante cerca de 50 km de Itabuna e a 505 km de Salvador. Ele chegou a ser medicado, mas não resistiu. O sepultamento ocorreu também na última quinta-feira.
Conforme informações do hospital, o idoso chegou desorientado, com situação grave de otite, que é uma infecção no ouvido. Ainda segundo o portal, com suspeita de que o quadro tivesse evoluído para meningite, o paciente foi isolado e um exame constatou o diagnóstico de meningite bacteriana. Em caso de uma infecção acentuada, há o risco de a otite desencadear uma meningite, pois a meninge passa próximo do ouvido médio.
Causas
De acordo com o Ministério da Saúde, a meningite é um processo inflamatório das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Pode ser causada por diversos agentes infecciosos, como bactérias, vírus, parasitas e fungos, ou também por processos não infecciosos. As meningites bacterianas e virais são as mais importantes do ponto de vista da saúde pública, devido sua magnitude, capacidade de ocasionar surtos e, no caso da meningite bacteriana, a gravidade dos casos.
No Brasil, a meningite é considerada uma doença endêmica, deste modo, casos da doença são esperados ao longo de todo o ano, com a ocorrência de surtos e epidemias ocasionais. A ocorrência das meningites bacterianas é mais comum no inverno e, das virais, no verão. Ao longo de todo o ano de 2016, a Sesab registrou 517 casos – 210 do tipo viral e 151 do tipo bacteriana –, com 50 mortes pela doença.
Segundo especialistas, os principais sinais e sintomas são febre, dor de cabeça, vômitos, náuseas, rigidez de nuca e/ou manchas vermelhas na pele. O diagnóstico de meningite pode ser feito tendo como base o histórico do paciente, um exame físico e alguns exames específicos, como cultura de sangue e exames de imagem que procurarão por sinais de infecção pelo corpo.
A transmissão da doença, de acordo com o Ministério da Saúde, ocorre de pessoa a pessoa, através das vias respiratórias, por gotículas e secreções do nariz e da garganta. Ou seja, é contagiosa. Entre as formas de prevenção estão, além da vacinação, evitar aglomerações e manter os ambientes ventilados e limpos.
Ainda conforme o Ministério, o tratamento é feito é feito de acordo com a causa da meningite diagnosticada pelo médico, variando desde o tratamento para alívio dos sintomas (nas meningites virais e traumáticas) até a antibioticoterapia. De um modo geral, esta é administrada por via venosa por um período de 7 a 14 dias, ou até mais, dependendo da evolução clínica e do agente etiológico.
A precocidade do tratamento e diagnóstico são fatores importantes para o prognóstico satisfatório das meningites. Quanto mais rápido o atendimento médico, maiores as chances de uma boa recuperação do paciente, reduzindo o risco de óbito ou sequelas como paralisia dos membros, perda auditiva, perda da visão, entre outros.

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