sábado, 28 de julho de 2018

Depoimentos apontam que empresa de amigo de Temer foi usada para repassar propina

Depoimentos apontam que empresa de amigo de Temer foi usada para repassar propina
Foto: José Cruz / Agência Brasil
Depoimentos prestados no âmbito do "inquérito dos portos", na semana passada, reforçaram as suspeitas levantadas pela Polícia Federal (PF) de que a empresa do coronel João Baptista Lima Filho foi usada para repassar propina ao presidente Michel Temer (MDB). Coordenado pelo delegado Cleber Malta Lopes, o inquérito investiga se as empresas do setor portuário de Santos pagaram propina a Temer em troca de um decreto presidencial que favorecia suas atividades.

Segundo informações do G1, o contador Gabriel de Carvalho Jacintho revelou que criava empresas de "prateleira" para depois serem vendidas a empresários brasileiros. Assim, em 1995, ele abriu a Eliland do Brasil para atender ao pedido de um escritório. Na sequência, ele diz que entregou a documentação dessa empresa para o dono da Argeplan, Carlos Alberto Costa, na sede da empresa.

Embora a Argeplan sempre negue possuir qualquer relação com a Eliland, em maio, também em depoimento à PF, o contador da primeira empresa, Almir Martins Ferreira, disse que lembrava de um contrato entre a Eliland e a Rodrimar, que é uma das empresas suspeitas de pagar propina. Segundo ele, os pagamentos ocorreram em 2010. Por isso, os investigadores suspeitam que a Eliland do Brasil seja uma empresa "laranja", usada pela Argeplan justamente para a negociação de propinas no setor portuário.

Amigo do presidente Michel Temer há anos, o coronel Lima virou sócio da empresa apenas em 2011, mas a PF acredita que ele participava dos negócios da Argeplan desde o início. Tanto el quanto o presidente negam as acusações.

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