segunda-feira, 9 de julho de 2018

Nem petistas de carterinha na Bahia ousaram comemorar ontem a decisão do desembargador plantonista do TRF-4 que decidiu determinar a soltura do ex-presidente Lula


     
Foto: Eraldo Peres

Nem petistas de carterinha na Bahia ousaram comemorar ontem a decisão do desembargador plantonista do TRF-4 que decidiu determinar a soltura do ex-presidente Lula atendendo a um novo pedido de habeas corpus, entre os inúmeros já protocolados na Justiça pela defesa do ex-presidente, sempre à espera de uma brecha para tentar colocá-lo para fora da cadeia. Eles sabiam que, embora tivesse grande impacto e capacidade de promover uma grande confusão, como a que se viu no país em pleno domingo, a decisão judicial dificilmente deixaria de ser exatamente isso, uma forma de gerar ainda mais balbúrdia, sem conseguir prosperar, como no princípio da noite se ficou sabendo com a decisão do presidente do Tribunal, desembargador Thompson Flores.
15 minutos a meio dia
Aliás, em círculos petistas muitos diziam que o que o desembargador plantonista pretendia era exatamente assegurar seus 10 minutos de fama, como acabou acontecendo. Aliás, muito mais do que 10 minutos, o plantonista de domingo conseguiu foi passar quase um dia inteiro na mídia, a partir de uma decisão que a racionalidade dizia que não se confirmaria.
Manobra
A decisão pela soltura de Lula agitou as redes sociais a favor e contra o petista, como se esperava que ocorresse. Era possível perceber, desde o início, no entanto, que ela estava fadada a ser suspensa, como acabou acontecendo, dado o caráter de manobra que sinaliza desde o princípio, o que afastou maiores comemorações em favor dos petistas.
Partidarismo
A revelação pela imprensa, em seguida à decisão do magistrado plantonista, sobre suas íntimas relações com o petismo, que mostravam o fato de ter servido, como funcionário, ao governo do petista, sua filiação ao partido do ex-presidente e uma selfie que tirou com ele, em nítida demonstração de identidade e apoio político ao líder político, acabaram diminuindo o ímpeto dos que queriam ver na sentença uma decisão meramente técnica.
Manobra
Um outro dado não passou despercebido dos jornais, a revelar o caráter de manobra na decisão que pretendia liberar o ex-presidente Lula da prisão. O pedido de habeas corpus foi dado entrada no TRF-4 exatamente 32 minutos depois de iniciado o plantão do desembargador que pertenceu, como filiado, aos quadros do partido do ex-presidente Lula.
O preferido 
Em meio à confusão que se estabeleceu ontem à tarde no país, até a decisão final, proferida à noite, cassando o Habeas Corpus concedido ao ex-presidente Lula, voltou a circular no mesmo dia, na imprensa do Sul, a informação de que o ex-governador Jaques Wagner (PT) era cotado o substituto preferido para concorrer à Presidência da República. Wagner, no entanto, prefere manter 

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