sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Especialistas divergem sobre impacto do cancelamento de títulos


Especialistas discordam sobre os impactos que o cancelamento dos 3.368 milhões de títulos por falta de recadastramento biométrico terá nas eleições. Anteontem, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por 7 votos a 2, rejeitou uma ação do PSB para que os eleitores que não conseguiram se recadastrar pudessem votar. “Essa ação é oportunista, veio na véspera da eleição. Não vejo prejuízo para as eleições, porque não há como mensurar quem votará em determinado candidato”, avalia a advogada eleitoral Deborah Guirra. Ela acredita que, por falta de informação, eleitores que tiveram seus documentos cancelados irão às urnas no próximo dia 7 e serão impedidos de votar. “Acredito que haverá muito esse problema”, diz. 
Já para o historiador político Carlos Zacarias, o candidato do PT à presidência da República, Fernando Haddad, poderá sofrer prejuízos, já que o Nordeste, região onde lidera nas intenções de votos, foi também a campeã em cancelamentos de títulos. Apenas na Bahia foram 586.333, a maior quantidade entre os estados. "Mas não acho que vá alterar o resultado das eleições”, ressalta. 
De acordo com Zacarias, isso não deve resultar em eventual cancelamento do pleito. “Quem for derrotado vai reclamar e vai ao TSE, mas isso não deve resultar em uma decisão contrária às eleições”, acredita. Na sessão de ontem, no TSE, o relator Alexandre de Moraes atendeu a um pedido do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) e informou que eleitores foram convocados por avisos nas contas de luz e água, por SMS, anúncios em rádio e TV e em partidas de futebol.

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