Um grupo de policiais militares liderado por membros da Associação dos Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra), anunciou greve da categoria, por tempo indeterminado, a partir desta terça-feira (8). A decisão, de acordo com a entidade, foi aprovada durante assembleia no final da tarde. Os PMs reivindicam melhorias no Planserv, plano de carreira e reajuste do benefício da Condição Especial de Trabalho (CET). Segundo o coordenador regional da Aspra, Augusto Araújo Júnior, a categoria está tentando negociar há cinco anos com o governo do estado, mas, segundo ele, não houve retorno aos pedidos de reunião. Os militares pediram também a intervenção dos Ministérios Públicos Estadual e Federal e do Tribunal de Justiça da Bahia. No total, 11 pontos integram a lista das reivindicações, como a construção de um plano de carreira, de um código de ética e a reforma do estatuto da corporação.
O comandante-geral da Polícia Militar da Bahia (PM-BA), coronel Anselmo Brandão, negou que a categoria tenha deflagrado greve nesta terça-feira (8). Ele explicou que a tropa não obedeceu a declaração do coordenador-geral da Associação dos Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra/Bahia), o deputado estadual Soldado Prisco. “Não tem greve. Há muito tempo ele tem feito essa bandeira política. Colocou hoje 300 pessoas dentro da Adelba e colocou vários para tentar greve. A tropa hoje não recepciona mais esse tipo de pessoa. A sociedade baiana precisa se tranquilizar, vamos continuar operando. A tropa confia em seu comandante. Todos unidos”, disse. Já o deputado Soldado Prisco, garante que 10 mil pessoas participaram da assembleia realizada no clube Adelba, em Patamares, na capital baiana. “Falta de diálogo da parte do governo. Já temos seis anos sem negociação. Já começou há meia hora e é por tempo indeterminado”.
O Governo do Estado, por meio de nota enviada pela Secretaria da Comunicação, reforçou que a Polícia Militar não está em greve. “O Comando-Geral da Polícia Militar afirma que recebeu a informação de uma greve decretada por um deputado estadual. Trata-se de um movimento político sem a adesão da PM. A Polícia Militar informa que o movimento político tem a intenção de criar clima de insegurança. Isso não será permitido”, diz trecho da nota. Ainda de acordo com o comunicado, a Polícia Militar da Bahia “garante o policiamento ostensivo em todo o estado e tranquiliza a população, que deve manter sua rotina normalmente. Reforça que o responsável pelas operações nas ruas é o Quartel do Comando-Geral, que está pronto para atender a todas as demandas da sociedade”. Adianta ainda que, os policiais que não atenderem suas escalas responderão conforme Legislação Militar.
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