João Oliveira Wenceslau Guimarães-BA
(Foto: Rafael Carvalho/ Casa Civil)
ilustrativa de uma reunião ministerial |
O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou o ex-ministro Sergio Moro e o procurador-geral da República, Augusto Aras, a terem acesso à cópia da gravação em vídeo de uma reunião realizada entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e seus ministros. O encontro, ocorrido no dia 22 de abril, foi citado por Moro em seu depoimento à Polícia Federal (PF) no último dia 2. Segundo ele, na ocasião, Bolsonaro o pressionou pela demissão então diretor-geral da PF, Maurício Valeixo (saiba mais aqui).
Com isso, o STF solicitou o vídeo da reunião ao Palácio do Planalto e decidiu compartilhá-lo com Moro e com a PGR, que deve dar um parecer sobre o assunto.
De acordo com a Agência Brasil, o relator do inquérito no Supremo também liberou acesso ao vídeo à delegada Christiane Corrêa Machado, responsável pelo inquérito na PF, ao advogado-geral da União, José Levi, a advogados do ex-ministro Moro e a representantes de Aras, indicados por ele. Esse acesso se dará apenas na sede da Polícia Federal (PF), em Brasília e a delegada do caso ficará responsável por agendar para que as partes possam conferir o material. Como o vídeo ainda está sob sigilo para o público em geral, ele será exibido às partes apenas uma vez, na data marcada.
"Para que, tendo conhecimento pleno do que se passou na reunião ministerial de 22/04/2020, no Palácio do Planalto, possam orientar a formulação de perguntas (ou reperguntas) quando da realização dos depoimentos testemunhais já agendados a partir da próxima segunda-feira [11]", justificou Celso de Mello sobre o acesso.
Além disso, no processo, ainda estão previstos os depoimentos dos ministros Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo, Walter Braga Netto, da Casa Civil, e Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
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