João Oliveira Wenceslau Guimarães-BA
(Foto: Divulgação)
Os dados de mortes confirmadas pela Covid-19 no Brasil sofreram, nos últimos dias, uma tentativa de modificação na forma como são divulgados. De acordo com a coluna de Fábio Murakawa, na Valor Econômico, militares que ocupam postos chave no Ministério da Saúde estão pressionando os técnicos da pasta a "maquiarem" as informações sobre os números de casos registrados pelo coronavírus no Brasil e os óbitos decorrentes da doença.
No último domingo (7), o ministério inicialmente divulgou que o país tinha contabilizado 1.382 mortes no dia. Em seguida, a plataforma oficial indicou 525 óbitos nas últimas 24 horas. Uma diferença de 857 pessoas.
A mudança no método, de acordo com a coluna, é uma sugestão do empresário Luciano Hang, dono das lojas Havan, e seguidor ferrenho do governo Bolsonaro. A ideia é publicar apenas as mortes que ocorreram por Covid-19 no dia da divulgação dos dados. Atualmente, o Ministério contabiliza também mortes que ocorreram antes, mas que foram confirmadas como causadas pelo coronavírus naquele dia.
A coluna ainda aponta que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) também vem sendo pressionada. A Agência produz relatórios usados para consumo interno do Centro de Coordenação de Operações da Casa Civil, que é um grupo de funcionários de vários ministérios que atua no Palácio do Planalto.
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