(Fotomontagem ilustrativa: Gilmar Mendes e Jorge Kajuru)
“Será que lá na Polícia Federal não tem gente triste, desanimada”?
Esse questionamento é feito pelo senador Jorge Kajuru. Revoltado e demonstrando chateação extrema, o senador usou as redes sociais para fazer um desabafo contra o Supremo, principalmente, na direção do Ministro Gilmar Mendes.
Após postar um vídeo explicando a prisão de Alexandre Baldy, preso por corrupção por pelo menos quatro crimes, o senador demonstrou alivio, pois foi ele quem denunciou e por tal foi processado vinte cinco vezes tentando negar a acusação.
Kajuru, lavou a alma ante a sociedade, a justiça e honrou o excelente trabalho da Policia Federal.
Baldy foi preso na quinta, recorreu à tarde no TRF-2 e o desembargador Abel Gomes entendeu que haviam elementos para manutenção da prisão, então, Baldy, recorreu ao Supremo na sexta e à 2:45 da manhã de sábado, Gilmar Mendes, o liberou, segundo Kajuru.
Rapaz! Que homem é esse que consegue ser liberado na madrugada, quase as três da manhã?
“Não estou conseguindo levantar para tomar café”.
Kajuru, fala no vídeo, sobre a desesperança do povo brasileiro diante da situação, cita a Policia Federal que, trabalha arduamente na investigação, dias e dias investindo, uma luta ferrenha contra o crime organizado em favor da sociedade e apenas uma assinatura do ministro coloca todo trabalho no chão. Diria meu pai: “Isso é sacanagem”.
Tem como discordar do senador?
Pior que essa decisão do ministro Gilmar Mendes é um resumo da escalada arbitraria que os ministros do Supremo tem feito.
Dia após dia o povo brasileiro espera ansioso algum tipo de cobrança e punição as deslealdades dos ministros em relação a Constituição Federal, contudo, como disse Kajuru: “existe uma desesperança no povo”. Sim, quem pode fazer algo?
Quem pode parar os ministros do Supremo? Ah sim, quem pode parar esse poder exagerado é o Senado Federal. Por que não faz? Estranhamente, o Senado não se move. Poucos senadores demonstram revolta contra as barbaridades. Assim, Kajuru se desponta. O homem não se omite.
Assim que assumiu o mandato tentou a todo custo emplacar a CPI da Lava Toga, não conseguiu. Quase dois anos e o senador nessa bandeira solitária, gritando e não sendo ouvido.
Agora mesmo, o senador Davi Alcolumbre, inconstitucionalmente tenta voltar a presidência da casa numa reeleição, Kajuru, fez enquete dispondo Davi contra vários senadores e pedindo para a população votar. O povo se mostrou contra Davi em todos os cenários, mesmo assim, se Davi vier a reeleição certamente será reeleito, deixando bem claro ao povo e ao Kajuru, que os senadores não estão preocupados com a opinião da população.
Assim também, Rodrigo Maia, tenta vir à reeleição na Câmara dos deputados e pelo visto a sociedade também não aprova, mas...
Kajuru, tem se sentido frustrado a tal ponto que se manifestou arrependido de ser senador:
“Em 2026, eu saio daqui e não volto mais”.
O senador já percebeu, uma parte não insignificante dos parlamentares, lutam por interesses pessoais renegando a confiança na representação, no cumprimento e no cuidado da coisa pública.
Certamente Davi e Maia, estão em culpa e não se levantam contra as arbitrariedades do Supremo para se protegerem e esse também é o objetivo da continuação na presidência, é o que deixa transparecer. Como disse Kajuru: quem decidira se os dois serão candidatos ou não é o Ministro Gilmar Mendes. Diga ai brasileiro, Gilmar vai liberar ou não?
O agravante no vídeo:
“Pode roubar a vontade, pode ser ladrão na vida pública, se você tiver dinheiro para comprar, entenderam o que quis dizer, para comprar sentença, para ser solto, você sabe quem”.
Kajuru continua:
“Vai fazer isso somente por amor, não existe interesse né”?
Na opinião de Kajuru, mais que interesses pessoais, existe corrupção na decisão tanto na decisão da reeleição como em outras coisitas mais. A acusação é gravíssima.
E, aí? O que fazer? Em tempos de denúncias graves contra alguns ministros no caso Allan dos Santos, um silencio descomunal.
Até que ponto é possível acreditar na aplicação da justiça?
Josinelio Muniz. Formado em Teologia pela Faculdade Teológica Logos (FAETEL), matéria em que leciona na Comunidade Internacional da Paz – Porto Velho, RO. Bacharel em Direito pela (UNIRON) e Docente Superior pela (UNINTER).
Fonte: Jornal da cidade online
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