Foto: Reprodução / Blog Marcos Frahm
PT e PSD, legendas com os maiores quadros eleitos na Bahia neste ano, podem enfrentar resistência dentro da base de Rui Costa (PT) para emplacarem o próximo presidente da Assembleia Legislativa (AL-BA). Alegando equilíbrio entre as forças na administração do governador, alguns deputados do PSB fortalecem, nos bastidores, uma candidatura própria ou o nome de Aderbal Caldas (PP) para a presidência.
Pela experiência do parlamentar na Casa e pela confiança que inspira, o progressista tem conquistado o apoio de outras legendas superando, inclusive, o colega apresentado Nelson Leal (PP), tido por muitos como infiel desde que não contribuiu, na reta final, para a eleição do aliado derrotado Marcelo Nilo (PSB) para a presidência da AL-BA em 2017.
DISPUTA DE FORÇAS
Ao menos nove deputados demonstraram interesse em disputar a cadeira (saiba mais aqui), enquanto Samuel Jr (PDT) e João Isidório (Avante) já se candidataram (veja aqui e aqui).
Com menos espaço dentro do governo, integrantes do PSB são os que menos concordam uma sucessão petista e principalmente social-democrata para a cadeira de Angelo Coronel (PSD), eleito senador. Os deputados da legenda de Lídice da Mata (PSB) defendem um nome do PP ou do próprio partido, uma vez que os progressistas atualmente ocupam a vice-presidência da AL-BA.
Dos outros parlamentares apresentados, a candidatura de Rosemberg Pinto (PT) à presidência da Casa assusta por ser do mesmo partido do governador. Já o pleito dos pré-candidatos Adolfo Menezes (PSD) e Ivana Bastos (PSD) são combatidos por conta da sigla de Otto Alencar (PSD) ter eleito dois senadores e, com isso, concentrado muito espaço dentro da gestão.
Independente do que dizem, ou do que usarão para tentar emplacar alguma candidatura, uma ideia parece unânime na base de Rui: vencerá a eleição quem conseguir o aval do governador e reunir as melhores condições de dialogar com a base do governo e com a oposição, não importa o partido.
“A Presidência da AL-BA não pode ser uma decisão cartorial. Tem que ser um consenso entre os pares e aquele que reunir as melhores condições, os melhores pares, conquista a cadeira”, concordou o atual presidente Angelo Coronel.