segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Justiça Federal quebra sigilo de 11 investigados no caso Alstom

A Justiça Federal de São Paulo determinou a quebra do sigilo bancário e fiscal de 11 pessoas investigadas em um suposto esquema de propinas da Alstom para funcionários públicos em São Paulo. A empresa francesa é suspeita de pagar para obter benefícios em contratos. As denúncias do Ministério Publico Federal (MPF) dizem respeito a negociações suspeitas ocorridas entre a empresa e o governo paulista, sobretudo a partir de 1998, quando o estado era governado por Mário Covas, do PSDB. O primeiro resultado das investigações foi o indiciamento das 11 pessoas investigadas, inclusive secretários de estado à época.
A quebra do sigilo autorizada pela Justiça abrange o período entre 1997 a 2000. A informação foi divulgada na manhã desta segunda-feira (30) pelo site do jornal "O Estado de S. Paulo". A decisão da Justiça é de 27 de agosto e foi endereçada tanto à Receita Federal quanto ao Banco Central.
De acordo com a decisão judicial, foi determinada a quebra fiscal também das empresas vinculadas aos investigados. O juiz ainda solicitou que seja informado se os suspeitos mantêm contas no exterior. Em outro pedido, a Justiça Federal solicitou à Embaixada da França no Brasil informações sobre dois suspeitos de comandar o pagamento de propinas pelo grupo Alstom: Phillippe Jaffré e Pierre Chazot. Há suspeitas de que Jaffré tenha morrido e, neste caso, o magistrado pede que a morte seja informada. 
A Justiça determinou a quebra de sigilo de Andréa Matarazzo (atual vereador do PSDB e ex-secretário de energia), Eduardo José Bernini, Henrique Fingerman, Jean Marie Marcel Jackie Lannelongue, Jean Pierre Charles Antoine Coulardon, Jonio Kahan Foigel, José Geraldo Villas Boas, Romeu Pinto Júnior, Sabino Indelicato, Thierry Charles Lopez de Arias e Jorge Fagali Neto, (ex-presidente do Metrô).

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