Foto: GOV BA
Uma suposta transferência de recursos destinados à construção do Presídio Regional de Barreiras para um Centro de Detenção Provisória (CDP) na cidade de Luís Eduardo Magalhães, no oeste baiano, provocou reclamações de diversos políticos locais. Em entrevista ao Bahia Notícias, a deputada estadual Kelly Magalhães (PCdoB) disse que a instalação do presídio em Barreiras é uma reivindicação antiga da cidade, que sofre constantemente com fugas da cadeia local, devido à superlotação. Aliada do governo estadual, a parlamentar cobrou explicações mais detalhadas do secretário estadual de Administração Penitenciária e Ressocialização, Nestor Duarte. “Dois vereadores da cidade estiveram na Secretaria Nacional de Justiça e descobriram que o secretário pediu a transferência do recurso para Luís Eduardo Magalhães. Claro que lá também precisa de uma carceragem melhor, mas Barreiras é um polo regional e tem necessidade de um presídio. São sete anos de enrola”, cobrou a comunista. Em documento enviado ao diretor-geral do Departamento Penitenciário Nacional, Augusto Eduardo Rossini, o titular diz que encaminha a documentação anexa referente à construção do CDP em Luís Eduardo Magalhães “em substituição à construção da Penitenciária de Barreiras”.
A unidade prisional em Luís Eduardo Magalhães teria 388 vagas, todas para o sexo masculino. Por meio de nota emitida nesta quinta-feira (26), o prefeito em exercício do município, Paê Barbosa, também se manifestou sobre o assunto. “Não há nenhuma justificativa política, técnica e lógica para tal decisão intempestiva, da Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização, até porque o município de Barreiras dispensou recursos públicos para garantir e disponibilizar área com o fim específico de construção deste Presídio Regional”, declarou. A reportagem do BN tentou entrar em contato com o secretário Nestor Duarte, mas não foi atendida.
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