Investir no Brasil ficou mais barato, segundo o Ministério da Fazenda.
Estudo técnico preparado pelo órgão aponta que, entre 2012 e 2013, o
preço relativo do investimento caiu 2,6%. Do pico, atingido em 2004, até
o ano passado, o custo de se investir no País caiu quase 14%. Isso é
resultado, principalmente, das desonerações de tributos concedidas a
empresas de diversos setores, em especial para os fabricantes de
máquinas e equipamentos e o segmento de construção civil. Além disso, a
criação de linhas especiais de crédito, como o Programa de Sustentação
do Investimento (PSI) do BNDES e da Finep, e outras mudanças
microeconômicas no mercado financeiro têm permitido, no geral, um
barateamento do investimento no País. O levantamento do Ministério da
Fazenda aponta que o deflator do PIB aumentou 7,69% em 2013, enquanto o
deflator dos investimentos subiu bem menos, 4,83%. O deflator é um
cálculo de inflação específico para cada indicador. Em outras palavras,
os dados mostram que a inflação para o empresário foi menor do que para o
conjunto da economia em 2013. Isso tudo, no entanto, não fez o
investimento aumentar tanto. Segundo as contas nacionais do IBGE, a
Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que contabiliza os gastos com
máquinas e equipamentos e também construção civil, atingiu 18,4% do PIB
em 2013, ante 18,2% do PIB em 2012. Os melhores indicadores da série,
iniciada em 1995, foram obtidos em 2008 (19,1% do PIB), 2010 (19,5%) e
2011 (19,3%), quando o preço relativo do investimento era mais alto do
que agora.
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