Quatro pessoas não identificadas tentaram explodir uma das colunas da
obra do monotrilho da Linha 15-Prata do Metrô, na Zona Leste de São
Paulo, na madrugada de 29 de junho, segundo investigação da Polícia
Civil. Previsto para ser inaugurado em setembro, o primeiro trecho do
monotrilho vai ligar as estações Vila Prudente e Oratório. O incidente
ocorreu em um trecho mais adiante, na Avenida Sapopemba, altura do nº
10.200.
Duas bananas de dinamite e 2 m de pavio de pólvora foram afixados com fita adesiva a um dos pilares na Av. Sapopemba. O G1 teve acesso a imagem que mostra o material fixado no concreto com fitas adesivas (veja acima).
O delegado Marco Antonio Desgualdo, diretor do Departamento de Capturas
e Delegacias Especializadas (Decade), informou que a Delegacia do
Metropolitano (Delpom) suspeita de "grupos desordeiros". Os criminosos
que colocaram os artefatos fugiram após ver um vigilante da obra. Os
explosivos foram apreendidos pelo Grupo de Ações Táticas Especiais
(Gate) da Polícia Militar.
Com medo, o vigia da obra que acompanhou a chegada do grupo disse que
optou por pedir demissão. “Por causa disso eu até saí fora já, nem estou
mais”, disse ao G1, pedindo anonimato.
Atentado descartado
O diretor do Decade explicou que os cartuchos estavam sem detonador e, mesmo que fossem acionados, não teriam potencial para derrubar ou abalar a estrutura da coluna.
O diretor do Decade explicou que os cartuchos estavam sem detonador e, mesmo que fossem acionados, não teriam potencial para derrubar ou abalar a estrutura da coluna.
Para Desgualdo, o mais provável é que um "grupo de desordeiros" colocou a bomba para chamar a atenção.
O delegado lembrou que o país vive uma onda de protestos em meio a
cenários de disputas políticas e críticas aos gastos públicos com a Copa
do Mundo - as dinamites foram afixadas a pilastra 10 horas depois de o
Brasil ter vencido o Chile pelo mundial de futebol.
“Olha, eu acho que isso aí não foi nada de atentado. É um explosivo,
mas muito antigo", disse o delegado. "Me pareceu aí pelo que o pessoal
disse que seria meio inócuo. Está cheirando mais a molecagem”.
O diretor afirmou que nenhuma hipótese de autoria está descartada. "O
leque [da investigação] está aberto, mas não tem nada assim de grande
potencial. Você tem que apurar circunstâncias, motivos e autoria”, disse
o delegado.
Até a publicação desta reportagem, os suspeitos do crime não foram
identificados ou presos e o motivo da ação também não foi esclarecido.
"Local ermo, não tem imagem nenhuma. Mas nós estamos correndo”, disse
Desgualdo.
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