Nesta quarta (8/4), os professores da
UESB paralisarão suas atividades em protesto contra o desrespeito aos
direitos trabalhistas e recursos insuficientes para as Universidades. Os
docentes já aprovaram o estado de greve e cobram que o governo inicie
as negociações. Durante a mobilização será realizado um ato público na
Secretaria de Educação, em Salvador. Caso o governo se recuse a negociar
com o movimento, as Associações Docentes voltarão a convocar suas
assembleias para pautar a deflagração da greve. O movimento dos
professores afirma que atualmente o governo investe apenas 5% da receita
líquida de impostos nas Universidades Estaduais da Bahia (UEBA), o que
não atende às demandas das Instituições. Além disso, as verbas de
manutenção, investimento e custeio sofreram nos últimos dois anos
redução de quase R$ 20 milhões. As verbas são responsáveis pelo
financiamento da pesquisa, da extensão e das aulas de campo e pelos
pagamentos de bolsas, fornecedores, empresas terceirizadas, água, luz,
telefone, dentre outros. A situação tem gerado uma série de problemas
para as Universidades. Na Uesb, cerca de 75 terceirizados foram
demitidos para contenção de gastos. Direitos trabalhistas como promoção,
progressão e mudança de regime de trabalho estão sendo negados. Os
recursos para permanência estudantil sofrem restrições. Além disso,
faltam cerca de 300 professores na instituição. O Movimento Docente
reivindica o investimento de pelo menos 7% da RLI para as Universidades,
respeito aos direitos trabalhistas e reposição integral da inflação. A
revogação da lei 7176/97, que fere a autonomia universitária, a
ampliação do quadro de professores e a valorização da carreira docente
também fazem parte das reivindicações.
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