terça-feira, 7 de abril de 2015

Professores da Uesb paralisam atividades para cobrar abertura das negociações

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Nesta quarta (8/4), os professores da UESB paralisarão suas atividades em protesto contra o desrespeito aos direitos trabalhistas e recursos insuficientes para as Universidades. Os docentes já aprovaram o estado de greve e cobram que o governo inicie as negociações. Durante a mobilização será realizado um ato público na Secretaria de Educação, em Salvador. Caso o governo se recuse a negociar com o movimento, as Associações Docentes voltarão a convocar suas assembleias para pautar a deflagração da greve. O movimento dos professores afirma que atualmente o governo investe apenas 5% da receita líquida de impostos nas Universidades Estaduais da Bahia (UEBA), o que não atende às demandas das Instituições. Além disso, as verbas de manutenção, investimento e custeio sofreram nos últimos dois anos redução de quase R$ 20 milhões. As verbas são responsáveis pelo financiamento da pesquisa, da extensão e das aulas de campo e pelos pagamentos de bolsas, fornecedores, empresas terceirizadas, água, luz, telefone, dentre outros. A situação tem gerado uma série de problemas para as Universidades. Na Uesb, cerca de 75 terceirizados foram demitidos para contenção de gastos. Direitos trabalhistas como promoção, progressão e mudança de regime de trabalho estão sendo negados. Os recursos para permanência estudantil sofrem restrições. Além disso, faltam cerca de 300 professores na instituição. O Movimento Docente reivindica o investimento de pelo menos 7% da RLI para as Universidades, respeito aos direitos trabalhistas e reposição integral da inflação. A revogação da lei 7176/97, que fere a autonomia universitária, a ampliação do quadro de professores e a valorização da carreira docente também fazem parte das reivindicações.

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