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Os bancos credores vão injetar entre US$ 4 bilhões e US$ 5 bilhões
na Sete Brasil, empresa criada para construir e administrar as sondas da
Petrobras no pré-sal. Os recursos serão desembolsados em financiamentos
de longo prazo, em substituição ao que seria liberado pelo Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A informação de
que haveria um aporte foi noticiada pelo jornal Folha de S. Paulo. A
parte que ficará para cada banco ainda está em negociação e deve ser
definida até o fim do mês. Nesse valor, porém, não estão incluídas as
operações que serão fechadas com organismos internacionais e
investidores estrangeiros. Trata-se da única solução para evitar a
elevação das perdas para os cinco maiores bancos que concederam
financiamento e estão se vendo obrigados a rolar os empréstimo-ponte
(financiamento de curto prazo), de R$ 12 bilhões, uma vez que metade do
valor emprestado não tem nenhuma garantia. Mesmo assim, o BNDES segue
firme na posição de não desembolsar nada à Sete Brasil, assegurou ao
jornal O Estado de S. Paulo fontes a par da negociação. Os bancos
credores vão assumir o financiamento de longo prazo, que será usado
também para abater uma parte dos empréstimos-ponte. Nada impede que as
instituições busquem no BNDES os recursos necessários, mas todo o risco
da operação será delas. A garantia do financiamento do projeto, segundo
fontes ligadas à operação, serão as 19 sondas que deverão ser
construídas - dez a menos que o lote de 29 do modelo inicial, das quais
28 seriam alugadas à Petrobrás. De acordo com a Sete, 17 sondas estão em
fase de construção, com corte de chapa de aço, dez estão com mais de
30% de avanço nas obras e apenas duas têm mais de 80%. O Estaleiro
Enseada, um dos fornecedores da Sete Brasil, decidiu conceder férias
coletivas a metade de seu efetivo em Inhaúma, no Rio de Janeiro. Ao
todo, duas mil pessoas estão licenciadas das funções. O estaleiro tinha
contratos para conversão de quatro plataformas da Petrobras para o
pré-sal e é controlado pelo consórcio formado pelas empreiteiras
Odebrecht, OAS e UTC.
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