Governador da Bahia entre os anos de 1999 e 2002, César Borges assumiu, na última quinta-feira, a presidência da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR), que representa o setor de concessão de rodovias, formado atualmente por 59 empresas privadas associadas. O baiano também foi ministro dos Transportes durante a gestão de Dilma Rousseff (PT), entre os meses de abril de 2013 e junho de 2014, período em que licitou grande parte das rodovias planejadas pelo Programa de Investimento em Logística (PIL).
Logo após deixar o ministério, Borges exerceu os cargos de ministro dos Transportes e de ministro-chefe da Secretaria de Portos e ocupou a vice-presidência de Serviços, Infraestrutura e Operações do Banco do Brasil. Entre as atividades de Borges, estava a coordenação de negócios estratégicos ligados a grandes projetos de infraestrutura de concessão de estradas, portos, aeroportos, ferrovias e modernização de aeroportos regionais. Ele deixou a função após o PR, partido ao qual pertenceu até o ano de 2014, reivindicar o posto.
Até o momento, o futuro partidário do ex-governador permanece indefinido. No ano passado, a alta cúpula do PDT tentou trazê-lo para o partido, mas as negociações não seguiram adiante. À época, o presidente estadual da sigla, deputado federal Félix Mendonça Jr., disse que Borges reunia-se frequentemente com o presidente nacional, Carlos Lupi: “O que sei é que eles têm se reunido bastante e há o interesse de que ele ingresse no PDT. Ele é um homem competente, muito sério e seria bem-vindo”.
Os entraves, entretanto, podem ter sido motivados por conta de uma briga antiga com o atual presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), Marcelo Nilo (PSL), que na época era filiado ao PDT. Nilo, entretanto, garantiu que as divergências eram “coisa de 20 anos atrás”, e que a filiação seria “ótima”.
Borges também atuou como secretário de Recursos Hídricos durante o governo Antonio Carlos Magalhães, que o impulsionou a vice-governador de Paulo Souto. Em 1998, foi eleito governador da Bahia e conquistou uma vaga no Senado em 2002. Dois anos depois, disputou a prefeitura de Salvador, mas foi derrotado. Em 2007, deixou o partido Democratas para filiar-se ao PR, no qual permaneceu por sete anos.
A Tribuna tentou contato com César Borges durante toda a tarde de ontem, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição
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