O número de consumidores que geram a própria energia elétrica cresceu quase 400% no último ano. Segundo balanço divulgado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), eram 5.525 consumidores gerando a própria energia em setembro deste ano – no mesmo mês do ano passado, eram 1.155. Em setembro de 2014, o número era ainda menor: somente 293 consumidores consumiam a energia que produziam. Segundo informações do portal G1, a Aneel estima que o mercado vai continuar a crescer: a previsão é de que, até 2024, o Brasil deverá ter 1,2 milhão de unidades produzindo eletricidade. Com o sistema de mini e microgeração distribuída, qualquer cidadão pode gerar energia para consumo próprio. Caso seja produzido excedente, ele pode ser repassado à rede da distribuidora, que funcionaria, neste caso como uma bateria. Quando o consumidor precisar usar a energia da concessionária, ela poderá usar esse crédito, no prazo de até 60 meses. O crédito pode ser consumido em outro imóvel, desde que esteja em nome do produtor. O consumidor tem até 60 meses para “gastar” o excedente. E é permitido descontar dele a energia consumida em outro imóvel, desde que esteja no nome da mesma pessoa. As distribuidoras de energia, no entanto, reclamam que os produtores tem utilizado suas redes sem pagar. “Da forma como está hoje, o consumidor que instala uma microgeração não paga pelo uso da rede e deixa um ônus para os outros consumidores e para as distribuidoras”, afirma o presidente da Associação Brasileira de Distribuidoras de Energia Elétrica (Abradee), Nelson Leite, acrescentando que, por enquanto, o impacto é pouco significativo, mas que se a modalidade continuar crescendo, a receita dessas companhias pode ser prejudicada.
As placas solares vem sendo uma solução para diminuir o impacto da energia das hidroelétricas. (Foto: Sunlution)
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