A reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) desta semana provocou uma onda de revisões para baixo nas projeções da Selic, a taxa básica de juros. Ontem, os dois maiores bancos privados do País, Bradesco e Itaú, anunciaram corte nas previsões, para 7%. O francês BNP Paribas e o Banco Safra preveem que os juros podem cair ainda mais, para 6,5%.
O Copom cortou esta semana a Selic de 9,25% para 8,25% e anunciou que deve reduzir de forma "moderada" o ritmo de cortes nas próximas reuniões. Para os economistas do Bank of America Merrill Lynch, ao invés de reduzir o juro em 1 ponto porcentual, como fez nos últimos encontros de política monetária, o BC deve diminuir o ritmo para 0,50 ponto nas próximas duas reuniões.
O Bradesco cortou a projeção para a Selic no final de 2017 de 7,5% para 7% e descarta, por enquanto, a necessidade de subir a taxa no ano que vem. Por isso, a Selic deve permanecer neste patamar ao menos até o final de 2018. "A recuperação da economia se consolida, sem aceleração da inflação", destaca, em relatório O banco cortou ainda a estimativa para o IPCA deste ano, de 3,4% para 3% e em 2018 estima que o indicador deve ficar em 3,9% "Apesar dos sinais de retomada do consumo, as surpresas de baixa com a inflação persistem."
O Itaú Unibanco também anunciou que alterou sua projeção para a Selic, de 7,25% para 7% no fim deste ano. Após a reunião do Copom, o banco espera que o BC diminuirá o ritmo de redução da Selic para 0,75 ponto porcentual, levando a taxa para 7,50% em outubro. Depois disso, o Copom faria outro corte, de 0,50 ponto. "Mudamos nossa estimativa para o fim do ano para 7%, de 7,25% anteriormente", disse, em nota, o economista-chefe do Itaú Unibanco, Mario Mesquita.
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