segunda-feira, 20 de novembro de 2017

BNDES quer fechar 2018 com desembolso de R$ 100 bilhões


Otimista com o cenário econômico brasileiro, o presidente do BNDES, Paulo Rabello, disse que o destino do Brasil “é o desenvolvimento”. Para ele, 2018 será melhor que 2017. “O desenvolvimento é produção, e na medida que seja desenvolvimento produtivo, que gera estabilidade da moeda por causa da oferta que ele mesmo cria. Nosso destino é a gente de desenvolver. O banco em 2018 quer aumentar em cerca de R$ 25 bilhões o desembolso. A gente espera fechar R$ 100 bilhões no ano que vem. Estamos interiorizando, criando o BNDES online”, projetou, em entrevista à Tribuna. Rabello também admitiu que quer “contribuir com o debate no Brasil”, com sua pré-candidatura à presidência da República. “Temos que fazer de 2018 um ano de recuperação muito importante. Eu acho que 2019 começa em 2018. De 2019 a 2022 nós temos obrigação de rodar redondo, fazer um período de desintoxicação coletiva do país”, afirmou.
Tribuna da Bahia – A demanda por financiamento está voltando ou o senhor acredita que ainda estamos num período de retração? As empresas voltaram a ter apetite para tomar novos empréstimos?
Paulo Rabello – Apetite elas têm. O que elas não têm é dinheiro. O espírito empresarial não só não morreu, mas as notícias sobre sua morte são fartamente exageradas. O Brasil louco, o Brasil que tem loucura por empreender, tem que ser um pouco doido, ele continua vivo. Mas não goza de boa saúde. Porque a saúde da loucura empresarial depende em grande medida do estado do crédito. O crédito ainda não vai bem.
Tribuna – A pequena e média empresa sempre reclama da falta de crédito. Qual a fatia em termos de percentuais que o BNDES desembolsa para essas empresas hoje em dia?
Paulo – Não menos do que 41%. Nesses 41% existe um conservadorismo, porque a carteira integral do BNDES, tudo que o BNDES desembolsa no ano inclui a infraestrutura. A estatística de micro, pequenas, médias e grandes empresas, excluindo infraestrutura e setor público, joga a micro, pequena e média para uma faixa de 60% do total do desembolso. É uma notícia que pode até parecer que não é verdadeira, porque a gente não sente o BNDES tão presente na micro e pequena empresa. Mas ele está de fato lá de forma indireta, porque esses nossos recursos são repassados pela rede bancária privada e dos bancos públicos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário