Para a arte não há barreiras intransponíveis; não há distinção de cor, de credo, de sexo e de classe social. A arte tem plena consciência de que todos os homens nascem com destino à felicidade, à plenitude da vida. A flor (exibida na foto desta coluna) não foi ofertada a um homem negro, nem a um homem branco; ela foi ofertada a um ser humano, a um homem do povo, a alguém que divide conosco o mesmo espaço, sofrimentos, sonhos e perspectivas de vida. A arte assim o faz porque sabe que uma flor resgata esperanças perdidas, boas lembranças esquecidas e a força da fé, da coragem e da autoestima. Muitos se queixam da morte, mas se esquecem de que ela é socialista por natureza. Ela não seleciona. Da mesma forma que intercepta o caminho do homem negro, intercepta o caminho do homem branco. Da mesma forma que, numa noite sombria e silenciosa, visita o leito de um homem negro, para obrigá-lo a entrar pela porta escura, visita também o leito de um homem branco para a mesma missão. E por que o homem racista, preconceituoso, intolerante e excludente não aprende esta lição de socialismo? Por que ele insiste em perpetuar relações de crises sociais entre ele outros seres humanos? Certamente porque ele, a pesar de seu estado de desenvolvimento social e cultural, ainda não adquiriu a consciência de homem, de uma racionalidade plena. Ele tema em subverter a lógica da razão e da ordem que a própria natureza estabeleceu. De qualquer forma, ou com 20 de novembro, ou sem 20 de novembro, salve a nossa Guerreira, Bonita e Lutadora Raça Negra! Um lembrete para ela: Mesmo em um planeta agonizante e nas vizinhanças do apocalipse, há muito trabalho a ser feito e muitos espaços a ser conquistados, porque a história real é construída com determinação, coragem e luta. Enquanto a cor da pele for mais importante que o brilho dos olhos, haverá guerra (Haile Selassie).
Professor Jorge Barros.
Professor Jorge Barros.
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