segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Eleição: "2018 depende da candidatura de Lula"

As eleições de 2018 só terão qualquer indicativo real de como acontecerá após 24 de janeiro próximo, dia do julgamento do ex-presidente Lula em segunda instância, no Tribunal Regional Federal da 4ª Região, no Rio Grande do Sul. A avaliação é do deputado federal baiano Jutahy Magalhães Jr., pré-candidato ao Senado pelo PSDB. “O cenário de 2018 depende de duas coisas. Tem dois cenários. Um é com a elegibilidade de Lula. E o outro é com a inelegibilidade de Lula. Então, no dia 24 de janeiro nós saberemos se Lula é elegível ou não é elegível”. Nesta entrevista à Tribuna, o tucano nega ainda que haja mal-estar com o correligionário Antônio Imbassahy, que deixou a Secretaria de Governo de Michel Temer na semana passada em decorrência do racha interno do PSDB. Sobre a disputa pelo governo da Bahia, Jutahy diz que tem “99,999% de certeza” de que o prefeito ACM Neto (DEM) será candidato.

Tribuna – Como o senhor vê a antecipação do processo eleitoral na Bahia? Um indicativo de que a eleição do próximo ano vai ser tensa?
Jutahy Jr. – É evidente que o governador Rui Costa antecipou o processo eleitoral. Ele já se declarou candidato à reeleição e está fazendo campanha no estado inteiro. No nosso campo, nosso desejo é que o prefeito ACM Neto seja o nosso candidato. Ele tem dito que só vai tomar uma decisão no início do próximo ano. Mas eu tenho muita convicção de que, por ser a candidatura mais natural e mais forte da oposição, tenho quase certeza de que ele será nosso candidato a governador.
Tribuna – Com os ventos soprando favoráveis ao prefeito ACM Neto, o senhor acredita que ele realmente vai ser candidato na próxima eleição?
Jutahy – Na minha avaliação pessoal ele será candidato. As condições estão fortes para ele ser candidato. Primeiro: ele é uma liderança popular. Não é uma liderança apenas política. Ele é uma liderança popular. Ele tem uma administração muito bem avaliada. Ele foi eleito prefeito de Salvador com 74% dos votos, é um nome conhecido no estado inteiro e está à frente nas pesquisas, mesmo não fazendo campanha. Além do fato de que eu acredito que nós estamos no momento de fim de ciclo do PT na Bahia inclusive. O maior problema para o governador Rui Costa é que as pessoas cansaram do PT, não querem mais PT. Isso daí é uma vantagem para ACM Neto, que além das vantagens pessoais que tem, da força política que tem, que dão votos em grande quantidade a ele, tem também o fato da rejeição ao PT.
Tribuna – Como a gente está tratando no campo das suposições, caso o prefeito ACM Neto desista de entrar na disputa, quem no campo político de vocês teria possibilidade de entrar numa disputa como essa?
Jutahy – Como eu já disse, eu tenho quase certeza de que o prefeito ACM Neto será candidato. A chance de ele ser candidato é 99,999%.
Tribuna – O senhor está se articulando para construir uma candidatura ao Senado, qual o cenário que o senhor vislumbra e uma chapa ideal para o próximo ano?
Jutahy – A questão da construção da chapa é responsabilidade tradicionalmente do candidato a governador. O candidato a governador que compõe a chapa, tanto do nosso lado quanto do lado do Rui Costa. Nesse cenário, o PSDB reivindica uma vaga ao Senado. Na nossa convenção ficou evidente que quase unanimidade no partido deseja que eu seja esse candidato. Eu desejo ser candidato a senador, o partido deseja que eu seja, e eu encaro como uma possibilidade real de eu fazer parte da chapa de ACM Neto candidato a governador, pela força do PSDB, pelas relações pessoais que construíram ao longo da vida, praticamente todos os partidos do nosso campo político, e pela relação que temos uma relação de apoio ao ACM Neto desde a primeira eleição dele de prefeito.

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