terça-feira, 19 de novembro de 2019

Crise na Bolívia: O ‘ajuste de contas’ do governo interino com Evo Morales, seus colaboradores e seus seguidores

Era uma das consequências previsíveis da mudança de comando da Bolívia, e aqueles que seriam afetados diretamente bem que sabiam disso.
protestas a favor de Evo Morales
Getty Images
Não foram poucas as vezes que o agora ex-presidente Evo Morales, em tom de brincadeira, disse a seus então assessores e funcionários que iriam sair tão "queimados" quando acabasse seu governo que seriam alvos dos mais diversos tipos de retaliações.
"Onde vão conseguir emprego", brincava Morales, quando o fim de sua era ainda parecia bastante distante. Mas a gestão chegou ao fim neste mês de forma súbita e dramática.


As eleições presidenciais de 20 de outubro, nas quais Morales pretendia se manter na Presidência até 2025, foram contestadas em meio a protestos e acusações de fraude.
Depois que a Organização dos Estados Americanos (OEA) fez uma auditoria no pleito, apontou irregularidades e questionou a vitória de Morales no primeiro turno, o então presidente concordou em fazer novas eleições, mas as Forças Armadas "pediram" sua saída e ele acabou renunciando ao cargo.

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