Outra proposta é que o programa faça parte da Constituição
Projetos fazem parte da agenda para o desenvolvimento social, lançada nesta terça pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia |
Líderes dos partidos da Câmara dos Deputados protocolaram nesta
quarta-feira (20) uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) e um
projeto de lei que pretendem constitucionalizar e ampliar o Bolsa
Família. Os únicos líderes partidários que não assinaram foram Marcel
Van Hattem, do Novo, e Eduardo Bolsonaro, do PSL.
A PEC 200/19 quer incluir o Bolsa Família
na Constituição Federal. Já o PL 6072/19 pretende criar um benefício
específico voltado à primeira infância. O foco serão os primeiros cinco
anos de vida e a previsão é que sejam incluídas 3,2 milhões de crianças.
Segundo o deputado federal Felipe Rigoni (PSB-ES), a intenção é
“garantir que nenhuma família tenha renda per capita inferior a R$ 100”.
Hoje, fazem parte do programa as famílias pobres, que são aquelas que
têm renda mensal de R$ 89 a R$ 178 por pessoa, desde que tenham em sua
composição gestantes e crianças ou adolescentes entre 0 e 17 anos. Além
disso, há um benefício extra para os que estão em situação de extrema
pobreza, com renda per capita abaixo de R$ 89. O Ministério da Cidadania afirma que cada família recebe, em média, R$ 188,51.
Agenda para o desenvolvimento social
Os projetos fazem parte da agenda para o desenvolvimento social, lançada nesta terça-feira (19) pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-AP). O
pacote, ainda em estudo, tem o objetivo de propor uma série de ações de
combate à pobreza e de redução das desigualdades no país.
“Que comecemos hoje a discutir os projetos e mostrar que nossa agenda
vai além das reformas econômicas para que possamos ter um país com
igualdade de oportunidades”, disse Rodrigo Maia. Para o parlamentar, o
estado “concentra a renda na mão de poucos, em detrimento da maioria da
sociedade”.
A agenda de desenvolvimento social é dividida em cinco pilares e foi
elaborada por um grupo de cinco deputados e um senador. Os cinco pilares
das propostas são: garantia de renda; inclusão produtiva; rede de
proteção do trabalhador; água e saneamento; governança e incentivos.
O grupo de parlamentares é coordenado pela deputada Tabata Amaral (PDT-SP)
e composto pelos deputados Felipe Rigoni (PSB-ES), João Campos
(PSB-PE), Pedro Cunha Lima (PSDB-PB) e Raul Henry (MDB-PE), além do
senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE).
* Com informações da Agência Brasil
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