terça-feira, 19 de novembro de 2019

Sarampo entre jovens é a maior preocupação do governo, diz Ministério da Saúde

Quase um terço das contaminações por sarampo parte de jovens com idade de 20 a 29 anos. De acordo com o Ministério da Saúde, a faixa etária é a maior responsável pelas contaminações.


Essas pessoas, por normalmente terem um maior grau de imunidade, não sentem tanto os sintomas do sarampo, como dores nos músculos, tosse, febre, coriza, e manchas vermelhas na pele, mas são parte ativa da rede de transmissão do vírus. 

A segunda etapa da campanha nacional de vacinação contra o sarampo, que começou nesta segunda-feira (18), vai até o dia 30 de novembro e mira justamente quem está nessa faixa-etária. A meta é imunizar 9,4 milhões de pessoas. 

O ministro interino da Saúde, João Gabbardo, fala sobre os desafios dessa fase. “Nós vamos ter que ter uma estratégia diferenciada para atender essa população. Vamos ter que saber onde elas estão, ir até onde elas estão ou tentar facilitar para que elas possam se deslocar da indústria, do comércio, das universidades, para chegar até o local onde haja disponibilidade da vacina”, explicou. 

Outra preocupação do Ministério da Saúde é com as fake news, principalmente as espalhadas por grupos antivacina. Segundo a Sociedade Brasileira de Imunizações, sete em cada dez brasileiros estão sujeitos a acreditar em notícias falsas sobre vacinas.
De acordo com Gabbardo, o foco está em não só em informar, mas em mobilizar os jovens a se imunizar. “Eu acho que nós precisamos, com essa população de 20 a 29 anos, ter solidariedade. Porque a criança que vai morrer, ou o velho que vai morrer com o sarampo, pode ter morrido pela não-vacinação da faixa-etária de 20 a 29 anos.”

Só neste ano, mais de dez mil casos de sarampo já foram confirmados em todo o Brasil, a maioria deles no estado de São Paulo, sobretudo na região metropolitana da capital paulista. Outros dezoito estados também registram casos.

Segundo um estudo da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, o sarampo pode apagar até um quinto da memória imunológica do organismo, abrindo as portas para outras doenças. 



*Com informações do repórter Levy Guimarães JOVEMPAN

Nenhum comentário:

Postar um comentário