Arqueiro superou críticas para se tornar reconhecido no Brasil e na Europa. No sábado, ele será o encarregado de parar o badalado ataque do Flamengo na final do Mundial
Antes de levar o Liverpool à glória europeia, Alisson trilhou sua profissionalização nas categorias de base do Internacional de Porto Alegre. Foi na onda de seu irmão cinco anos mais velho, Muriel, que também se tornou goleiro no Inter. Ambos passaram por seleções de base, mas o mais velho teve mais sucesso no início: foi campeão sul-americano sub-20 e participou da Copa do Mundo da categoria em 2009, enquanto Alisson só jogou competições sub-17 pelo Brasil. “Trabalhei com os dois desde as categorias de base e, apesar da qualidade do Muriel, sempre ficou claro para a gente que o Alisson chegaria a um patamar muito mais alto”, surpreende Daniel Pavan, preparador de goleiros do Inter desde 2011. Quando o atual melhor do mundo estreou pelo time gaúcho, em 2013, Muriel era o titular da meta colorada.
A partir daí, os momentos se inverteram. Muriel perdeu a titularidade para Alisson e deixou Porto Alegre para jogar no Bahia em 2016; depois, ainda passaria pelo Belenenses de Portugal antes de voltar ao seu país para jogar no Fluminense. Alisson saiu do Inter no mesmo ano em que o irmão, vendido à Roma, mas não antes de levantar uma taça estadual como capitão e jogar a Copa América como titular da seleção brasileira principal. “Ele tinha uma voz muito forte no vestiário e era ouvido pelos mais experientes. Desde a base demonstrava uma capacidade de liderança”, conta Pavan. Na sua despedida, emocionado e campeão gaúcho, sentou ao lado das traves do estádio Beira-Rio para se despedir do clube de infância enquanto seus companheiros comemoravam a conquista. “As pessoas mais velhas me falam para aproveitar os momentos. Eu aproveitei. É um misto de sentimentos, mas o choro é de alegria”, confessou na época.
Alisson já era festejado pelos gaúchos, mas não tinha tanta fama nacional quando foi negociado com a Roma. Tanto que foi criticado quando falhou no jogo contra o Peru na Copa América de 2016, que marcou a eliminação do Brasil ainda na fase de grupos. As críticas aumentariam durante a Copa do Mundo, dois anos depois, em que foi titular na campanha que terminou com a derrota para a Bélgica por 2 a 1 nas quartas. “Nem eu e nem ele entendíamos essa resistência, que talvez tenha a ver com o fato dele só ter jogado no Sul do país. Isso deixou ele muito chateado”, confessa Pavan, “mas ele não deixou de buscar seus objetivos”.
“Vou trabalhar para que não tenha gol do Gabigol, apesar de ser um jogador que está com a confiança lá em cima”. Quem ouve a declaração sobre o atacante do Flamengo, por mais badalado que esteja, não imagina que o autor seja o melhor goleiro do mundo. Alisson Becker, 27, carrega uma modéstia nas declarações que não batem com o patamar de campeão europeu, titular da seleção brasileira e eleito o melhor de sua posição no ano. Referência do Liverpool, o goleiro garantiu a vitória por 2 a 1 na semifinal do Mundial de Clubes contra o Monterrey e será o maior obstáculo entre Gabriel e o gol na decisão, marcada para o próximo sábado, às 14h30 (horário de Brasília).
Antes de levar o Liverpool à glória europeia, Alisson trilhou sua profissionalização nas categorias de base do Internacional de Porto Alegre. Foi na onda de seu irmão cinco anos mais velho, Muriel, que também se tornou goleiro no Inter. Ambos passaram por seleções de base, mas o mais velho teve mais sucesso no início: foi campeão sul-americano sub-20 e participou da Copa do Mundo da categoria em 2009, enquanto Alisson só jogou competições sub-17 pelo Brasil. “Trabalhei com os dois desde as categorias de base e, apesar da qualidade do Muriel, sempre ficou claro para a gente que o Alisson chegaria a um patamar muito mais alto”, surpreende Daniel Pavan, preparador de goleiros do Inter desde 2011. Quando o atual melhor do mundo estreou pelo time gaúcho, em 2013, Muriel era o titular da meta colorada.
A partir daí, os momentos se inverteram. Muriel perdeu a titularidade para Alisson e deixou Porto Alegre para jogar no Bahia em 2016; depois, ainda passaria pelo Belenenses de Portugal antes de voltar ao seu país para jogar no Fluminense. Alisson saiu do Inter no mesmo ano em que o irmão, vendido à Roma, mas não antes de levantar uma taça estadual como capitão e jogar a Copa América como titular da seleção brasileira principal. “Ele tinha uma voz muito forte no vestiário e era ouvido pelos mais experientes. Desde a base demonstrava uma capacidade de liderança”, conta Pavan. Na sua despedida, emocionado e campeão gaúcho, sentou ao lado das traves do estádio Beira-Rio para se despedir do clube de infância enquanto seus companheiros comemoravam a conquista. “As pessoas mais velhas me falam para aproveitar os momentos. Eu aproveitei. É um misto de sentimentos, mas o choro é de alegria”, confessou na época.
Alisson já era festejado pelos gaúchos, mas não tinha tanta fama nacional quando foi negociado com a Roma. Tanto que foi criticado quando falhou no jogo contra o Peru na Copa América de 2016, que marcou a eliminação do Brasil ainda na fase de grupos. As críticas aumentariam durante a Copa do Mundo, dois anos depois, em que foi titular na campanha que terminou com a derrota para a Bélgica por 2 a 1 nas quartas. “Nem eu e nem ele entendíamos essa resistência, que talvez tenha a ver com o fato dele só ter jogado no Sul do país. Isso deixou ele muito chateado”, confessa Pavan, “mas ele não deixou de buscar seus objetivos”.
Na temporada 2016-17, o brasileiro chegou na Roma como reserva do polonês Szczesny e jogou somente 15 vezes, mas assumiu a meta com a saída do companheiro de posição para a Juventus. A notoriedade de Alisson aumentou na temporada seguinte, quando ele foi um dos pilares da Roma no campeonato italiano (terminaram em 3º lugar) e na Champions League, na qual os italianos eliminaram o Barcelona e chegaram até a semifinal, quando foram derrotados pelo Liverpool. Apesar da Copa modesta em 2018, seu desempenho na Europa valeu 72 milhões de euros (324 milhões de reais) pagos pelo Liverpool, o que lhe transformou no segundo goleiro mais caro do futebol.
Alisson chegou ao Liverpool para resolver o problema do gol, antes ocupado pelo turco Loris Karius. O contestado antecessor foi o responsável pela derrota dos ingleses na final da Champions League contra o Real Madrid, o que convenceu o clube a pagar o valor necessário para ter Alisson. Ao lado de Van Dijk, outro destaque defensivo, o brasileiro deu conta do recado. “Me enche de orgulho a evolução que ele teve no futebol europeu depois das críticas”, afirma o preparador de goleiros Daniel Pavan. O Liverpool foi vice-campeão inglês, mas teve a melhor defesa, com 22 gols sofridos em 38 jogos. Na Champions, o brasileiro se garantiu como melhor do mundo. Salvou a classificação inglesa ao fazer um milagre no último minuto contra o Napoli, ainda na fase de grupos, e foi fundamental na final com duas grandes defesas, impedindo a reação do adversário Tottenham e ajudando o Liverpool a ser campeão europeu.
Na seleção, a coroação veio um ano após a eliminação para a Bélgica. Novamente titular durante a Copa América, Alisson só foi vazado na final, contra o Peru. E ainda brilhou no mata-mata, defendendo um pênalti na disputa contra o Paraguai, nas quartas de final, e parando Messi no clássico pela semifinal. Foi eleito o melhor goleiro do torneio sul-americano, assim como do campeonato inglês, da Europa e duas vezes do mundo, nos prêmios FIFA The Best e Ballon D’Or. Pavan resume: “Hoje ninguém tem dúvidas sobre o goleiro que é”.
Pavan conta ter um grupo de WhatsApp com Alisson, Muriel, Dida e outros goleiros, através do qual mantém contato e amizade com o jogador do Liverpool. “Sempre conversamos, mas só sobre vida pessoal. Ele já tem profissionais competentes trabalhando com ele, não faço comentários sobre o desempenho em campo”, diz. Alisson torceu para que o Flamengo vencesse a Libertadores “por causa dos amigos” que tem no time brasileiro, mas no sábado terá a missão de parar Arrascaeta, Bruno Henrique e Gabigol. E, apesar da badalação do ataque rubro-negro, o histórico mostra que o goleiro está pronto para o desafio.
***Fonte: elpais
Acessado em: https://brasil.elpais.com/
Alisson chegou ao Liverpool para resolver o problema do gol, antes ocupado pelo turco Loris Karius. O contestado antecessor foi o responsável pela derrota dos ingleses na final da Champions League contra o Real Madrid, o que convenceu o clube a pagar o valor necessário para ter Alisson. Ao lado de Van Dijk, outro destaque defensivo, o brasileiro deu conta do recado. “Me enche de orgulho a evolução que ele teve no futebol europeu depois das críticas”, afirma o preparador de goleiros Daniel Pavan. O Liverpool foi vice-campeão inglês, mas teve a melhor defesa, com 22 gols sofridos em 38 jogos. Na Champions, o brasileiro se garantiu como melhor do mundo. Salvou a classificação inglesa ao fazer um milagre no último minuto contra o Napoli, ainda na fase de grupos, e foi fundamental na final com duas grandes defesas, impedindo a reação do adversário Tottenham e ajudando o Liverpool a ser campeão europeu.
Na seleção, a coroação veio um ano após a eliminação para a Bélgica. Novamente titular durante a Copa América, Alisson só foi vazado na final, contra o Peru. E ainda brilhou no mata-mata, defendendo um pênalti na disputa contra o Paraguai, nas quartas de final, e parando Messi no clássico pela semifinal. Foi eleito o melhor goleiro do torneio sul-americano, assim como do campeonato inglês, da Europa e duas vezes do mundo, nos prêmios FIFA The Best e Ballon D’Or. Pavan resume: “Hoje ninguém tem dúvidas sobre o goleiro que é”.
Pavan conta ter um grupo de WhatsApp com Alisson, Muriel, Dida e outros goleiros, através do qual mantém contato e amizade com o jogador do Liverpool. “Sempre conversamos, mas só sobre vida pessoal. Ele já tem profissionais competentes trabalhando com ele, não faço comentários sobre o desempenho em campo”, diz. Alisson torceu para que o Flamengo vencesse a Libertadores “por causa dos amigos” que tem no time brasileiro, mas no sábado terá a missão de parar Arrascaeta, Bruno Henrique e Gabigol. E, apesar da badalação do ataque rubro-negro, o histórico mostra que o goleiro está pronto para o desafio.
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