A família de Claudia Silva Ferreira, morta durante uma operação
policial no Rio de Janeiro, entrou com uma ação na Justiça contra o
estado por danos morais e materiais com um valor de mil salários mínimos
– cerca de R$ 724 mil – para 13 familiares. De acordo com o advogado
João Tancredo, o marido da vítima e seus oito filhos pedem ainda uma
pensão de aproximadamente R$ 800 reais, valor equivalente ao salário da
auxiliar de serviços gerais. Ele informou que irá ao Tribunal de Justiça
ainda nesta segunda-feira (7) para pedir que a decisão da liminar saia o
quanto antes. "O objetivo é garantir a sobrevivência deles, enquanto
ainda não há julgamento. O valor da indenização não é um pedido, é uma
indicação. O dano moral tem a finalidade de tentar repor com o dinheiro a
tristeza que o mal que causou. A outra finalidade é o critério
punitivo. Que o estado seja punido, senão não vai deixar de ter essa
conduta. É para se evitar que isso aconteça novamente", explicou o
advogado ao G1. A família também quer que o estado cubra os gastos com
funeral e enterro, em um valor de cinco salários mínimos, e arque com
tratamento psicológico. “Enquanto o processo está rolando, estamos
pedindo para antecipar a pensão de R$ 804, mais o tratamento psicólogo.
Para o Alexandre [marido] e os quatro filhos naturais e quatro de
criação, o médico indicou duas sessões semanais nos primeiros seis
meses. E para a mãe da Claudia e irmãos, ele indicou uma sessão semanal
por seis meses”, completou. Claudia foi baleada por PMs quando descia a
favela para comprar pão. Ela foi colocada por policiais militares no
carro, para ser levada, segundo a PM, ao Hospital Carlos Chagas, mas o
porta-malas abriu e ela foi arrastada por cerca de 350 metros.
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