Existem dúvidas sobre como a aprovação da vacina contra a dengue desenvolvida pela Sanofi Aventis (veja aqui)
afetará o desenvolvimento da vacina contra a doença do Instituto
Butantã. O problema é que o desenho aprovado em São Paulo previa que um
grupo dos voluntários nos testes usaria placebo, uma substância inócua.
Tal estratégia é praxe quando não há alternativas mais eficazes para
prevenção. A dúvida, no entanto, é se tal desenho é ético quando há
outros produtos com eficácia comprovada no mercado. Além disso, a
expectativa é de que ficará mais difícil para recrutar voluntários
interessados em fazer a pesquisa. Questionado, o Butantã afirmou que não
haverá nenhuma mudança no planejamento. A vacina paulista, já na última
fase de testes clínicos, deverá levar pelo menos mais um ano para ser
aprovada, de acordo com o diretor substituto do instituto, Marcelo De
Franco. "Nosso protocolo para realização dos testes clínicos é de cinco
anos. Mas o registro pode sair bem antes, dependendo da comprovação de
eficácia. Com base na nossa experiência em epidemias, é bem provável que
tenhamos esses resultados dentro de um ano ou um ano e meio",
disse. Segundo Franco, a fase 3 dos testes clínicos já começou e o
instituto está montando a estrutura dos centros que farão a captação de
17 mil voluntários em cinco cidades. Todas as doses que serão usadas
estão preparadas.
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