sábado, 5 de maio de 2018

Criança de um ano sofre traumatismo craniano após ser espancada

Menino seguia no Hospital do Subúrbio, mas sem qualquer familiar o acompanhando - Foto: Joá Souza l Ag. A TARDE
Um menino de 1 ano e 3 meses foi internado no Hospital do Subúrbio (HS), localizado no Subúrbio Ferroviário de Salvador, na manhã da quinta-feira, 3, com traumatismo craniano e com vários hematomas na face, no tórax, testículos e pênis.
Ele foi operado e, até a noite desta sexta, 4, seguia internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em estado grave.
Durante esta sexta, policiais da Delegacia Especializada de Repressão a Crimes contra a Criança e o Adolescente (Derca) tentavam identificar e prender a pessoa responsável pelo espancamento do garoto.
Segundo um policial, as investigações iniciais apontam que a criança foi agredida na quarta-feira, 2, quando foi passar o dia com a mãe biológica, no bairro de São Caetano, na capital baiana.
Há dois meses, o menino está morando no  Uruguai, na Cidade Baixa, com a manicure Rozaliria Santos, 42 anos. Ela não conhece a mãe do bebê, mas passou a cuidar dele a pedido de um amigo, que é primo da criança.
O homem contou a ela que a  mãe do menino costumava agredi-lo constantemente.

Rotina de lesões
Conforme Rozaliria, toda vez que o garoto ia visitar a mãe, retornava com hematomas. “Dessa vez, foi demais. Quando ele (bebê) chegou, eu estava no trabalho. Aí minha filha me ligou e disse que ele estava molezinho,  machucado”, lembrou a mulher.

Sob anonimato, um policial contou que, ao saber que Rozaliria levaria a criança ao médico, o primo foi à casa dela, pegou a criança e só retornou na manhã da quinta, dia em que o bebê foi internado, já em estado grave.
“Segundo o primo, o menino ficou na casa da mãe brincando com outras crianças e caiu. Mas dá para ver que não foi queda, ele está muito machucado. Só Deus mesmo e a justiça dos homens”, desabafou Rozaliria.
Ela, as filhas e uma sobrinha são as únicas pessoas que estão acompanhando a criança. Até esta sexta, nenhum familiar havia comparecido à unidade de saúde. “Ele (primo do bebê) disse que foi na casa dela (mãe), mas ela tinha fugido. Hoje, ele foi na Derca”, disse a mulher.

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