sexta-feira, 25 de maio de 2018

Governo e entidades anunciam acordo para suspender paralisação; autônomos discordam


Caminhoneiros autônomos afirmam que não aceitam o acordo
Após uma reunião que durou mais de seis horas com representantes de oito  entidades de caminhoneiros, os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), Carlos Marun (Secretaria de Governo), Eduardo Guardia (Fazenda) e Valter Casimiro (Transportes), anunciaram na noite de  quinta-feira (24) a proposta do governo de um acordo para a suspensão da paralisação da categoria, que desde segunda-feira (21)   provoca bloqueios de rodovias e desabastecimento em todo o país. Pelo texto do acordo, os representantes das entidades de caminhoneiros que ficaram até o final da reunião se comprometeram (à exceção de um) a “apresentar aos manifestantes” os termos do acordo.
Logo após o anúncio, caminhoneiros autônomos parados nas rodovias disseram, após a divulgação do acordo do governo e oito entidades da categoria, que não acabarão com a greve. “Os supostos sindicatos que estão negociando não representam os caminhoneiros que estão na rua”, disse o motorista Aguinaldo José de Oliveira, 40, que trabalha com transportes há 22 anos e para quem o movimento não tem um líder. “São uns aproveitadores que não falaram com a gente antes da greve e chegaram agora, quando já estava tudo parado”, afirma o caminhoneiro que está parado na av. Anhaguera, Campinas. “Estou em mais de 30 grupos de WhatsApp e em nenhum aceitaram esse acordo.”Questionado se, com o anúncio, haverá normalização da situação, o ministro Elizeu Padilha disse acreditar que a “qualquer momento” o movimento dos caminhoneiros começará a ser “desativado”, com previsão de normalização do tráfego nas rodovias a partir de segunda-feira, 28.

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