Após uma reunião que durou mais de seis horas com representantes de oito entidades de caminhoneiros, os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), Carlos Marun (Secretaria de Governo), Eduardo Guardia (Fazenda) e Valter Casimiro (Transportes), anunciaram na noite de quinta-feira (24) a proposta do governo de um acordo para a suspensão da paralisação da categoria, que desde segunda-feira (21) provoca bloqueios de rodovias e desabastecimento em todo o país. Pelo texto do acordo, os representantes das entidades de caminhoneiros que ficaram até o final da reunião se comprometeram (à exceção de um) a “apresentar aos manifestantes” os termos do acordo.
Logo após o anúncio, caminhoneiros autônomos parados nas rodovias disseram, após a divulgação do acordo do governo e oito entidades da categoria, que não acabarão com a greve. “Os supostos sindicatos que estão negociando não representam os caminhoneiros que estão na rua”, disse o motorista Aguinaldo José de Oliveira, 40, que trabalha com transportes há 22 anos e para quem o movimento não tem um líder. “São uns aproveitadores que não falaram com a gente antes da greve e chegaram agora, quando já estava tudo parado”, afirma o caminhoneiro que está parado na av. Anhaguera, Campinas. “Estou em mais de 30 grupos de WhatsApp e em nenhum aceitaram esse acordo.”Questionado se, com o anúncio, haverá normalização da situação, o ministro Elizeu Padilha disse acreditar que a “qualquer momento” o movimento dos caminhoneiros começará a ser “desativado”, com previsão de normalização do tráfego nas rodovias a partir de segunda-feira, 28.
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