Mesmo não sendo candidato, o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), fez, ontem, duras críticas ao governador Rui Costa (PT), que é pré-candidato à reeleição. “O atual governador da Bahia passou os últimos quatro anos me pirraçando. Passou os últimos quatro anos alimentando picuinhas. Ele – penso eu – tinha um grande receio de que eu fosse candidato a governador. Mas eu quero dizer, neste momento, a Rui Costa. Eu não sou candidato, mas escolhi alguém que vai lhe derrotar, porque José Ronaldo será o nosso governador”, afirmou, durante a convenção que oficializou José Ronaldo (DEM) candidato ao governo da Bahia, no Hotel Fiesta, no bairro da Pituba, em Salvador. O chefe do Palácio Thomé de Souza acusou a administração estadual de perseguição. “Se fiz tudo que fiz [na prefeitura] até aqui em cinco anos e meio, tendo um governador que tinha dor de cotovelo e se incomodava com o sucesso do prefeito, imagine só quando tivermos um governador companheiro”, afirmou.
O prefeito disse, ainda, que, nos 12 anos do governo do PT, o estado perdeu “a liderança, o protagonismo e o brilho no Nordeste”. “A Bahia precisa construir um futuro. Finalmente, nós vamos poder realizar o verdadeiro debate com o povo baiano. Um debate em condições de igualdade e com transparência. Ainda bem que chegou essa hora [do debate]. Posso dizer a vocês que nós aguardamos 12 anos por esse momento para mostrar a verdade à Bahia. A Bahia das ruas de Salvador e de cada uma das cidades do interior. Chegou a hora da gente mostrar a verdadeira face da nossa Bahia. Um estado que nós amamos, mas que, nos últimos anos, foi vítima do governo do PT. Foi vítima da enganação e da propaganda. Foi vítima de um governo que nos deixou, infelizmente, em uma situação em que os baianos não têm orgulho da sua terra”, atacou.
Neto disse, também, que o governo do PT permitiu que a violência fosse “tônica principal da dor e do sofrimento do povo baiano”. Chamou a saúde da Bahia de “caos” e afirmou que o estado tem os “piores indicadores na educação”. O gestor soteropolitano relembrou a desistência dele em concorrer ao Palácio de Ondina. “O nosso grupo escolheu aquele que, entre todos nós, estava preparado e reunia as melhores condições para ser o nosso governador. Sei que serei cobrado a partir do próximo ano e pelos próximos quatro anos pelo que estou dizendo agora. Sei da minha responsabilidade neste processo político. Vou dizer mais neste momento: José Ronaldo reúne muito melhores condições para ser governador do que eu poderia
reunir”, ressaltou.
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