A
escalada da violência na Nigéria, África ocidental, despertou a atenção
de dirigentes da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Comunidade
Econômica dos Estados da África Ocidental (Cedeao). Eles fizeram um
apelo nesta sexta-feira (16) para que haja uma intervenção internacional
contra o grupo terrorista Boko Haram, que tem devastado a Nigéria e
pode entrar nos países vizinhos. O presidente de Gana, John Dramani
Mahama, que preside a Cedeao, chegou a afirmar que espera alcançar "um
plano de ação específico para acabar com o problema do terrorismo na
África", disse ao se referir aos ataques do Boko Haram. O grupo já matou
milhares de pessoas na Nigéria e feito mulheres e crianças como reféns.
"Nós não podemos ficar sentados em silêncio, à espera, de braços
cruzados, para que a comunidade internacional intervenha. Não quando os
nossos irmãos e irmãs foram massacrados e queimados nas suas casas e nas
ruas de suas cidades e aldeias", criticou o presidente. As palavras de
John Mahama vão ao encontro do que disse a secretária-geral adjunta da
ONU, Leila Zerrougui: "Vemos o Boko Haram deslocando-se para os países
vizinhos", disse em Abuja, ao considerar que a situação “requer uma
resposta regional". Os militantes radicais do Boko Haram, que querem
fundar um estado islâmico no norte da Nigéria, de maioria muçulmana, ao
contrário do sul, de maioria cristã, são responsáveis pela morte de 13
mil pessoas e pelo deslocamento de 1,5 milhão desde o início das
revoltas em 2009.
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