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Um grupo, que se declara profissionais da classe médica, com quase cem mil usuários em uma rede social se tornou palco de uma guerra de classes diante da disputa entre Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB), que concorrem no segundo turno das eleições presidenciais. Autodeclarado “Dignidade Médica”, o grupo faz postagens que pregam “castrações químicas" contra nordestinos, profissionais com menor nível hierárquico, como recepcionistas de consultório e enfermeiras, e propõe um "holocausto" entre os eleitores de Dilma. Médicos, professores e estudantes de medicina estão entre os 97.901 membros da comunidade na rede social Facebook. Entre postagens de revolta com a situação da econômica do País e xingamentos a nordestinos, os participantes confessam que fazem campanha pró-Aécio até dentro do próprio consultório – público ou privado –. Eles dizem que colocam "a recepcionista no lugar dela" com ameaças de que perderia o emprego com a reeleição de Dilma. O Conselho Federal de Medicina (CFM) se manifestou contrário às atitudes do grupo e emitiu nota sobre o fato. “O Conselho Federal de Medicina (CFM) é contra qualquer comentário ou ação que denote atitude preconceituosa praticada por qualquer pessoa por conta de aspectos como etnia, origem geográfica, gênero, religião, classe social, escolaridade, orientação sexual ou posicionamento ideológico, entre outros. Esse entendimento representa a percepção da classe médica brasileira”, diz a nota. Informações do IG.