O governo do estado não cogita qualquer possibilidade ou estudo de viabilidade de implementação de uma política de meia passagem estendida a todos os usuários do Sistema Metroviário de Salvador - Lauro de Freitas aos domingos.
Foto: Divulgação/Governo da Bahia |
A questão
é reiteradamente questionada por usuários e pela prefeitura de
Salvador, que já aplica a proposta no sistema rodoviário desde 2013. A
tarifa do Metrô de Salvador é de R$3,70, enquanto os ônibus da capital
cobram R$ 4 na tarifa cheia individual de segunda a sábado e R$ 2 aos
domingos, válidos para todos os usuários.
Nesta segunda-feira (17), o governador Rui Costa (PT), em resposta ao Bahia Notícias, declarou que "não há possibilidade da meia aos domingos, pois aumentaria o valor do subsídio", que é o valor financiado pelo governo para que a passagem se iguale a dos ônibus.
"O volume de recursos que o governo do estado bota é muito substancial e não há possibilidade econômica, financeira de aumentar esse subsídio. Em todos os estados a passagem do metrô normalmente é mais cara do que é na Bahia. Mais cara do que o preço do ônibus. Nós adotamos uma política tarifária que é singular no Brasil, que é cobrar o mesmo que o preço do ônibus", especificou o governador.
Responsável institucionalmente pelo sistema de mobilidade, o secretário de Desenvolvimento Urbano do Estado (Sedur), Nelson Pelegrino, justifica que a “redução [da tarifa] à metade implicaria ao governo acréscimo do subsídio, o que demandaria aumento de impostos para a sociedade”, já que a remuneração dos ônibus e da concessionária do metrô foi “pré-fixado no contrato de concessão”. Neste caso, a decisão por uma redução da cobrança aos domingos obrigaria o governo a complementar a arrecadação para cumprir as cláusulas contratuais.
O modal é administrado pela CCR Metrô, responsável pela construção, manutenção e operação por um período de 30 anos, através de uma Parceria Público Privada (PPP). O grupo venceu a licitação em 2013. De acordo com a operadora, cerca de 370 mil pessoas utilizam o sistema diariamente.
O secretário municipal de Mobilidade de Salvador, Fábio Mota, alegou, em entrevista ao Bahia Notícias, que a diferença dos valores cobrados aos domingos cria um “empecilho” aos usuários. Segundo Mota, é fácil constatar a presença de mais pessoas nos pontos de ônibus aos domingos, pois eles ficam aguardando o ônibus que vá direto ao destino final.
Para Pelegrino, no entanto, “ao contrário do que se propaga, tem havido aumento de fluxo do metrô aos domingos, provando que a população o acha mais cômodo, seguro e confortável para se chegar ao destino”. O secretário reclama ainda que, no caso da prefeitura, “sempre houve redução de demanda e também de frota aos domingos”, ao passo que “ao estabelecer a meia passagem, onera o transporte público sem qualquer custo para ela”. “O governo do estado prefere priorizar 15 milhões de baianos que teriam de pagar por este subsídio”, completou o chefe da Sedur.
***Fonte: bahianoticias
Acessado em: https://www.bahianoticias.com.br/
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